Capitalismo e razão neoliberal: ódio colonial e extermínio de travestis e transexuais no Brasil

Abstract

Resumo: O presente artigo objetiva tratar sobre a forma como o ódio colonial vem sendo historicamente capitaneado pelo capitalismo, perpetuando, a partir do Estado moderno, uma estrutura racial e sexista que alijam pessoas negras, mulheres e LGBT. Ainda que interseccionada, iremos nos deter no ódio direcionado às pessoas transgêneros, sujeitos cujo controle da vida e dos corpos tem revelado ódio como projeto de Estado neoliberal que promove a invisibilidade e o extermínio dessas pessoas.

Obstacles in the access to public health services by transvestites and transgender persons: an integrative review

“…A expectativa de vida das pessoas transgênero é de 35 anos, enquanto a população geral apresenta uma média 75,8 anos (3) . Esses dados se dão a partir da morte dessa população por transfobia, além das mortes não-violentas das pessoas trans que estão associadas às complicações por infecção do HIV e àquelas devido à modificações corporais e uso de hormônios sem orientação médica (39)(40)(41) .…”

“…Devido ao tensionamento das normas binárias da sociedade, a transexualidade existe concomitante aos processos históricos estruturais que envolvem o sistema econômico, social e cultural (2)(3) . Sendo assim, as diversas formas de exclusão e a incapacidade da sociedade de absorver esses seres humanos são expressas na negação dos direitos humanos básicos.…”

“…Sendo assim, as diversas formas de exclusão e a incapacidade da sociedade de absorver esses seres humanos são expressas na negação dos direitos humanos básicos. Isso se comprova na expectativa de vida, que, enquanto da sociedade brasileira é 74,9 anos, a da população trans é de 35 anos (3) .…”