"Câncer infantil e resiliência: investigação fenomenológica dos mecanismos de proteção na díade mãe-criança".

Abstract

À minha querida orientadora, a Professora Dra. Elizabeth Ranier Martins do Valle, por ter me aceitado como sua orientanda; pela forma carinhosa como me acolheu em Ribeirão Preto, por ouvir as minhas angústias, aliviando-as; e pela atenção, carinho, disponibilidade e segurança com que conduziu a orientação deste trabalho, ensinando-me a ser pesquisadora. A Senhora é um exemplo que eu quero seguir, muito obrigada por tudo! Ao Professor Dr. Manoel Antônio dos Santos e à Professora Dra. Carmen Maria Bueno Neme, o meu obrigada duas vezes: pela disponibilidade em ler este trabalho de forma tão cuidadosa, fazendo contribuições valiosas na qualificação, e por aceitarem participar da banca de defesa tão prontamente.

From omnipotence to exhaustion: the perspectives of adolescents in drug therapy

“…The adolescents become resilient beings, presenting positive adaptations within the context of adversity and become able to recover their normal functional pattern (25) . a way that the disease can be understood as a warning sign for a better enjoyment of life, the suffering may help the individuals to rediscover themselves (16) .…”

A Vivência Familiar Diante Do Adoecimento E Tratamento De Crianças E Adolescentes Com Leucemia Linfóide Aguda

“…A entrevista fenomenológica possui características peculiares que a fazem despojada de modelos, projetos, alternativas e valores, os quais possibilitam um saber "sobre" o sujeito, mas não um saber "do" sujeito (5) . As entrevistas foram consideradas satisfatórias no momento em que houve a saturação das informações.…”

Sobreviver ao câncer de mama

“…Teles (2005) aponta que a descrição caracteriza-se como o relato de alguém -sujeito -que sabe alguma coisa, para alguém que não sabe -pesquisador, possibilitando ao último desvelamento do fenômeno.…”

“…Ainda, investigando os indicadores de resiliência entre esses dois grupos, a autora citada encontrou diferenças qualitativas entre eles, sugerindo que as mulheres com câncer utilizavam menos recursos interpessoais ou sociais e crenças positivas do que as mulheres sem câncer e indicou a necessidade de estudos mais amplos que pudessem aprofundar a compreensão dos fatores possivelmente associados aos resultados que obteve. Teles (2005), estudando o câncer infantil e a resiliência nas díades mães-crianças com câncer por meio do método fenomenológico, constatou que mães e crianças utilizavam mecanismos de proteção tais como o estabelecimento de relações afetivas e autênticas de cuidado, paciência, manutenção da esperança, apoio da fé e auxílio do brincar no hospital para enfrentar o risco representado pela doença e a possibilidade de morte, ajudando-se mutuamente. Em seu trabalho, concluiu que a resiliência pode ser entendida como a possibilidade do indivíduo vivenciar uma situação de risco, sendo existencialmente sadio e permitindo-se descobrir novas possibilidades de existir e de ser.…”

“…De acordo com Correia (2006), somente uma aproximação à consciência do ser humano doente possibilitará a compreensão de sua vivência. A compreensão da maneira como cada pessoa vivencia sua enfermidade pode revelar aspectos apontados por Neme (2005a) e por Teles (2005) como indicadores de resiliência, os quais lhe abrem novas perspectivas existenciais e modos-de-ser-saudável. Na presente pesquisa, o conceito de resiliência será abordado como uma possibilidade de compreender os aspectos envolvidos na situação de adoecimento, buscando identificar elementos sadios e de sucesso apresentados pelas mulheres entrevistadas, que contribuíram para o enfrentamento da situação de adoecimento e para a manutenção da vida.…”