Os estudos africanos têm uma história profundamente política no Brasil, que mostra que aqui, como em outros contextos, estudar a África não e’ algo “natural”, mas o resultado de bastante engenharia social e intelectual. Este artigo analisa a originalidade dos estudos africanos no Brasil, se comparado com o Norte global, e trata de uma série de desafios e entraves que derivam da fragilidade institucional destes estudos e do clima político adverso na maior parte dos países do Brics – Brasil, África do Sul e Índia. Na última parte o artigo apresenta uma série de novos caminhos que podem ser trilhados para o desenvolvimento e a consolidação da conexão Sul-Sul nos estudos africanos realizados no Brasil.