“…Primeiramente descrita por Epler et al (1985), a BOPO apresenta na patogenia e prognóstico aspectos que destacam a importância de um diagnóstico diferencial, por exemplo, diferenciando-a de uma forma idiopática anteriormente descrita, nomeada pneumonia criptogênica em organização (PCO) (Davison et al, 1983;Akira et al, 1998;Lazoir et al, 2000;de Almeida et al, 2002;Addor et al, 2004;Cordier, 2006). Além disso, outras patologias e alterações do pulmão podem cursar com um quadro clínico/por imagem e perfil histopatológico semelhante, incluindo: neoplasia pulmonar, sarcoidose, doenças granulomatosas e tuberculose, outras doenças infecciosas, incluindo a causada pelo novo coronavírus (COVID-19, do inglês Coronavirus Disease-2019), vasculites, pneumonite de hipersensibilidade, pneumonia obstrutiva, pneumonia eosinofílica crônica, malignidades hematológicas, além de outras alterações pulmonares por aspiração, uso de drogas, toxinas sistêmicas ou inaladas (Addor et al, 2004;Tse et al, 2004;Oymak et al, 2005;Fonseca et al, 2007;Kory & Kanne, 2020). A BOPO revela a presença de tecido conjuntivo no interior dos espaços aéreos distais, principalmente nos ductos alveolares e alvéolos e, com considerável frequência, acometem os bronquíolos, funcionalmente limitando sobremaneira o fluxo aéreo e levando a variados graus de disfunção respiratória (de Almeida et al, 2002;Addor et al, 2004;Oymak et al, 2005).…”