Brazil and its regional projection: perspectives on hegemony and regionalism in South America in the post-Cold War era

Abstract

A projeção brasileira sobre a América do Sul foi destaque desde sua redemocratização, ocorrida na década de 1980. Ainda assim, seu comportamento não pode ser considerado hegemônico em seu sentido realista, exercido pelo poder duro. Nem liberal, já que optou pela multiplicidade de iniciativas, de baixa grau de institucionalização. Propomos a aplicação do conceito gramsciano de hegemonia para analisar se o Brasil exerce a sua na América do Sul por meio de um ativismo nos processos de integração regional. Para isto, utilizamos o método qualitativo com um estudo de caso único típico para desenvolver uma ilustração preliminar de teoria, baseado em uma revisão bibliográfica da história da política externa Brasileira (fontes primárias e secundárias). Esta análise nos leva a argumentar que há dubiedade na atuação brasileira regional, já que optou por não aprofundar o grau de institucionalização das organizações regionais e por não exercer poder coercitivo durante crises regionais. Ainda que o comportamento brasileiro não representa um caso típico de hegemonia, tendo os achados pouca validade externa para além deste caso, há evidências sua atuação em diversos arranjos regionais como líder e construtor de consensos é uma forma de exercer hegemonia (gramsciana) na região.

A Theory of Hegemonic Stability in South American Regionalism? Evidence from the Case of Brazil in UNASUR and Venezuela in ALBA

“…Most of the academic literature focus on the global level (Destradi 2008), whereas the literature on the relationship between hegemony or regional leadership and regionalism is rather scarce (Nolte 2006). Only a few attempts to go beyond the global level and explore the regional realm have been made so far in IR theory (Pedersen 2002;Destradi 2008Destradi , 2010Burges 2009;Poggio Teixeira 2011;Mourón and Onuki 2015;Ludwig and Sposito 2020). This strand of literature rests mainly on single-country studies (especially about Brazil in Latin America) and lacks wider empirical evidence.…”