Este artigo contribui para as discussões sobre mimetismos coloniais analisando alguns projectos de equipamentos de saúde propostos para Angola e Moçambique no século XX. Partindo de uma imagem de baixa resolução que retrata um modelo tridimensional de "hospital-senzala", o artigo analisa o objecto representado, as circunstâncias políticas em que foi produzido, exibido, ignorado e patrimonializado, contextualizando-o na intenção trazer o hospital às populações indígenas através de uma imitação das suas estruturas habitacionais-tal como formularam alguns dos médicos coloniais dos anos 1920.