Introdução: As cerâmicas ácido resistentes, devido a sua composição, possuem características que influenciam no processo de adesão e consequentemente no protocolo de cimentação utilizado. Assim, elas necessitam de um protocolo de cimentação específico, que possa demostrar eficiência na adesão, sem comprometer a estética e resistência do material. Objetivo: discutir a etapa de cimentação das peças cerâmicas ácido resistentes, enfatizando os diferentes tipos de cimentos e protocolos de cimentação encontrados na literatura. Materiais e métodos: foi realizada uma busca nas bases de dados PubMED/Medline, Lilacs e Scielo, selecionando artigos originais e de revisão, utilizando-se descritores em português e inglês relacionados ao tema. Resultados: As cerâmicas ácido resistentes são reforçada por óxidos como alumina e zircônia, o condicionamento ácido não é efetivo como tratamento de superfície e dentre os métodos passíveis de serem utilizados dois têm se destacado: a aplicação de primers ou silano à base de MDP e a silicatização. Todavia, destaca-se que coroas com zircônia não necessariamente precisam de tratamentos de superfície para garantir a adesão, uma cimentação simplificada, utilizando um cimento resinoso autoadesivo, pode ser realizada sem a necessidade de qualquer tratamento de superfície na peça cerâmica e no preparo dentário. Conclusão: é necessário conhecer todas as particularidades da cerâmica utilizada, do cimento selecionado e demais materiais empregados na etapa de cimentação. Ou seja, um adequado conhecimento técnico é fundamental para o domínio do protocolo clínico, que consequentemente repercutirá no sucesso clínico.