Biomateriais de substituição óssea para procedimentos de reconstrução alveolar em implantodontia

Abstract

ResumoIntrodução: a reconstrução do processo alveolar para a reabilitação de pacientes edêntulos com implantes dentários vem se tornando uma realidade segura e previsível. Desta forma, conhecer as características destes tecidos e biomateriais é fundamental para o sucesso. Contudo, a diversidade de marcas e produtos presentes no mercado geram dúvidas na seleção do biomaterial. Objetivo: este estudo tem como objetivo caracterizar os biomateriais disponíveis no mercado brasileiro para procedimentos de reconstrução óssea em implantodontia. Metodologia: foram incluídos 18 biomateriais de substituição óssea disponíveis no mercado nacional (Brasil), registrados e regulamentados pela agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA). As empresas fabricantes foram contatadas para fornecer as informações dos seus respectivos produtos. Resultados: após a análise dos 18 biomateriais encontrados no mercado nacional, as informações obtidas segundo os fabricantes foram classificadas nos seguintes itens: produto e empresa, granulometria, porosidade, forma de apresentação, composição, origem, propriedade biológica e se for de procedência nacional ou importado. Discussão: conforme as propriedades de cada tecido ou material, ele pode possuir um ou mais mecanismos de formação óssea. A composição química, forma física e as diferenças de superfície resultam em diferentes níveis de reabsorção. Dessa forma, é importante para o clínico conhecer a natureza variada dos biomateriais disponíveis que vão determinar a velocidade e sua forma de reabsorção. Conclusão: Este estudo tabulou os biomateriais estudados, quanto suas principais características biológicas, visando orientar os profissionais da saúde na escolha do biomaterial mais adequado para alcançar seus objetivos no tratamento. Palavras-chave: Regeneração Óssea. Conservadores da Densidade Óssea. Reabsorção Óssea. Materiais Biocompatíveis. INTRODUÇÃOA reconstrução do processo alveolar para a reabilitação funcional e estética de pacientes edêntulos parciais ou totais com implantes dentários, vem se tornando uma realidade cada vez mais segura e previsível. Em geral, os biomateriais utilizados para procedimentos de reconstrução óssea podem ser divididos em dois grandes grupos: os enxertos e os implantes substitutos ósseos. É considerado implante todo biomaterial que não apresenta células vivas, por exemplo, hidroxiapatita, osso mineralizado ou desmineralizado, implante xenógeno, vidro bioativo, implante dentário, etc. O enxerto é uma peça de tecido que é transferida de um local doador para um local receptor

Utilização de enxerto ósseo e fibrina rica em plaquetas (PRF) na Implantodontia: relato de caso

“…Desta forma, são utilizados diversos tipos de biomateriais para suprir a necessidade de suportar a carga oclusal e também como opções terapêuticas para preservação e recuperação dos rebordos edêntulos, tais quais, fibrina rica em plaquetas (PRF) e enxertos ósseos que podem ser autógeno, alógeno ou xenógeno 16 .…”

“…Inclusive, mesmo que existam remanescentes orgânicos no Bio-Oss®, este biomaterial xenógeno é biocompatível, uma vez que ele não é reconhecido como um corpo estranho. Os autores ainda consideram este material osteocondutor, pode reabsorver aos poucos, e consequentemente ser substituído por osso lamelar permanecendo assim em íntimo contato com o implante 16 .…”

Reconstrução cirúrgica por biomateriais: uma revisão integrativa de literatura

“…Deve-se levar em consideração o volume de osso autógeno necessário, pois quando há um grande volume exigido, os tecidos alógenos podem ser uma alternativa, apesar de que as diferentes áreas doadoras alógenas não apresentam uma constância na taxa de formação óssea. Por outro lado, os biomateriais de origem xenógena apresentam uma vasta documentação na literatura, tanto na sua capacidade osteocondutiva, quanto na condução de uma regeneração óssea previsível (Pilger et al, 2018).…”

“…O enxerto com hidroxiapatita é uma boa escolha como biomaterial complementar a reconstrução craniofacial, apresentando um resultado estético favorável e estável mantendo bom contorno do arcabouço fronto-orbital e auxiliando na manutenção funcional de todas as estruturas anatômicas envolvidas no complexo. (Matta et al, 2020) Segundo Pilger et al (2018) a hidroxiapatita, composto presente em alguns biomateriais, é interessante por manter a estabilidade dimensional na área operada ou manutenção volumétrica do rebordo alveolar durante a regeneração óssea, devido ao fato de apresenta reabsorção lenta. Por outro lado, estudos apontam que tal característica pode dificultar a neoformação óssea, situação que deve ser melhor explorada.…”

“…Signori, P. H., et al 2016 De acordo com o artigo, não há comprovações científicas que direcionem para um padrão de materiais a serem utilizados em cirurgias de reconstrução do assoalho orbitário Pilger, A. D., et al 2018. No material, evidencia-se que a escolha do biomaterial varia diante das diversas técnicas cirúrgicas e do tipo disponível, cabendo ao profissional a escolha do melhor ao se basear nas evidências científicas que relatam as vantagens e desvantagens que cada pode oferecer ao tratamento.Leal, T. R., et al2016A revisão de literatura aborda a utilização da Regeneração Tecidual Guiada (RTG) para a reconstrução periodontal com a utilização de membranas não reabsorvíveis, pois apresentam facilidade de posicionamento e de contorno do defeito.Silva, V. V. 2017 Na prática ortopédica, ao escolher um biomaterial, deve-se atentar a sua capacidade de suportar a agressividade corrosiva do meio fisiológico, além de permitir suporte físico para a migração, adesão e diferenciação das células durante a neoformação óssea, remodelação e integração com o tecido ao qual está sendo implantado.…”