O objetivo desse estudo foi avaliar o potencial energético e o teor de cinzas da canaenergia em Alagoas, Nordeste do Brasil. O experimento foi conduzido com sete genótipos de cana-energia do tipo Vertix (VX) e uma cultivar de cana-de-açúcar (RB92579). O delineamento foi em blocos casualizados com três repetições. O poder calorífico superior, a combustibilidade e o teor de cinzas foram determinados bimestralmente. A eficiência de conversão de energia foi calculada pela relação entre o conteúdo de energia da biomassa e a irradiação solar. O poder calorífico superior para cana-energia na colheita foi em média 18.876,00 (± 110,05) J g-1, e mostrou diferença estatística significativa (p < 0,05) entre os genótipos apenas aos 201 e aos 362 dias após o transplantio (DAT). A variedade RB92579 teve rendimento energético de 530 GJ ha-1 e do genótipo mais produtivo de cana-energia (VX12-1744) foi 1.069 GJ ha-1 (329 DAT), a média dos genótipos foi igual a 762 (± 133,92) GJ ha-1. A RB92579 apresentou o menor teor de cinzas na colheita (2,4%) e o maior teor de combustibilidade (97,6%). Os genótipos apresentaram eficiência na conversão de energia, considerando a irradiação fotossintética interceptada, em média de 4,2%. A cana-energia apresentou resultados de poder calorifico maiores que a cana-de-açúcar com teores de cinzas superiores e menor combustibilidade. Esses resultados demostram que a cana-energia é alternativa promissora para geração de energia elétrica.