A realidade histórica e as imagens reais e mentais que produzimos da cidade se configuram como fatos de direito a cidade. Direito enquanto jurídico, direito enquanto fato social das relações entre os grupos sociais. Religiões de matriz africana, os terreiros de candomblé e umbanda são fatos da realidade urbana da cidade de São Paulo que não se encontram impresso nas imagens da cidade. As identidades sociais e a cidadania se formam através das imagens produzidas. Os patrimônios culturais exercem um papel importante na formação das identidades individuais, coletivas e urbanas, sendo esse um fator importante para a educação e para produção da cidadania. São Paulo produziu uma imagem mental da cidade dos italianos e dos japoneses excluindo a população negra da produção da cidade. O artigo retoma a discussão da representação e da inclusão dos terreiros de candomblé na imagem da cidade de São Paulo tendo como exemplo o terreiro Axé Ilê Obá, no período de 1984 à 2014, quando da gestão da Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá. Reverenciando na atualidade a orientação de Mãe Paula de Inhasã, para qual os autores tomam a benção.