Avaliação dos níveis de aglutininas anti-leptospira em cães no município de Patos- PB, Brasil

Abstract

Dentre os animais domésticos urbanos, a principal fonte de infecção da leptospirose humana são os cães, pois estes vivem em contato direto com o homem, podendo eliminar leptospiras vivas através da urina durante meses sem apresentar nenhum sinal clínico. Os cães representam um importante elo de transmissão da leptospirose, visto que aparentemente sadios, podem albergar leptospiras e eliminá-las ao meio ambiente, propício a disseminação para outras espécies, inclusive aos seres humanos. O objetivo do trabalho foi avaliar os níveis de aglutininas anti-leptospira em cães no município de Patos-PB. O material examinado constituiu-se de 114 amostras de soro sangüíneo de cães atendidos no Hospital Veterinário, com ou sem quadro clínico de leptospirose, durante o período de agosto/97 a julho/98. O soro sangüíneo foi processado segundo a técnica de soroaglutinação microscópica (SAM}, no Laboratório de Doenças Transmissíveis-CSTR/CAMPUS VIl/ UFPB. Após a avaliação dos resultados, observou-se a prevalência de 20% das amostras com predominância dos seguintes sorotipos: autumnalis, australis, butembo, grippotyphosa, pomona, panamá, wolffi, pyrogenes, icterohaemorrhagiae, hardjo e cynopteri, com destaque para o sorotipo autumnalis (34,78%). A análise estatística, utilizando o programa EPIDAT 1.0, segundo o teste não-paramétrica do qui-quadrado com nível de significância de 5%, possibilitou observar diferenças significativas entre as variáveis estudadas no que diz respeito às regiões administrativas e à natureza dos resultados.

Epidemiological characterization and risk factors associated with Leptospira infection in dogs from rural settlements in the semi-arid region of Northeast Brazil

“…In the final logistic regression model, being loose or having street access was determined to be a risk factor for seropositivity (odds ratio = 3.53; 95% CI = 1.32-9.46; p = 0.012). to the topography; region; temperature; humidity; rainfall; wild reservoirs such as Brazilian guinea pigs, foxes, and skunks; domestic reservoirs; and other environmental factors (ALVES et al, 2000). The low frequency of seropositive animals in this study may be justified by the difference in canine populations studied and the lower rainfall observed in the period and region studied.…”

“…This serotype was also found by Batista et al (2004) and Alves et al (2000) in dogs, but it normally circulates in swine (FIGUEIREDO et al, 2013). Its occurrence as the most prevalent variant in the canine population from the settlements indicates contact between canine and swine populations, which occurs frequently in the various settlements where a number of the settlers interviewed (44/184) have small pig farms.…”

Prevalência de aglutininas anti-Leptospira interrogans em cães de Belo Horizonte, Minas Gerais, 2001 a 2002

“…Como hipótese deste trabalho, já era esperada maior prevalência para Canicola, pois essa sorovariedade, segundo Hagiwara et al (2004), tem no cão seu hospedeiro natural e tem sido descrita como a mais prevalente nessa espécie (Caldas e Dória, 1976;Ávila et al, 1980;Ávila et al, 1998;Modolo et al, 1999). A importância de se encontrar altos títulos de anticorpos e alta prevalência para a sorovariedade Canicola relaciona-se ao quadro de leptospirúria que pode persistir por vários meses (Alves et al 2000). Em infecções pela sorovariedade Canicola, o estado de portador real ocorre em maiores proporções quando comparado com a infecção pela sorovariedade Icterohaemorrhagiae.…”

Avaliação dos níveis de aglutininas antileptospira em cães de caça na Paraíba, Brasil

“…Na Amazônia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, destacam-se icterohaemorrhagiae e canicola (Lilenbaum et al, 2000;Reis et al, 1973;Lilenbaum et al, 1997e Yasuda et al, 1980 respectivamente. No Paraná foi verificada a prevalência dos sorotipos pyrogenes, autumnalis, e bratislava e bataviae (Rodrigues et al, 1997), enquanto no presente trabalho houve prevalência dos sorotipos autumnalis, bratislava, australis, além de outros sorotipos como mostra a Tabela 2, concordando parcialmente com Alves et al (2000) que citam a prevalência dos sorotipos autumnalis, butembo, grippotyphosa e australis em cães domiciliados no semi-árido nordestino. Na mesma região Alves et al (2003) detectaram, em gatos, anticorpos contra os sorotipos autumnalis, pomona, bratislava e icterohaemorrhagiae, e Santos et al (2000) encontraram anticorpos contra australis e butembo em roedores silvestres.…”

“…No Paraná foi verificada a prevalência dos sorotipos pyrogenes, autumnalis, e bratislava e bataviae (Rodrigues et al, 1997), enquanto no presente trabalho houve prevalência dos sorotipos autumnalis, bratislava, australis, além de outros sorotipos como mostra a Tabela 2, concordando parcialmente com Alves et al (2000) que citam a prevalência dos sorotipos autumnalis, butembo, grippotyphosa e australis em cães domiciliados no semi-árido nordestino. Na mesma região Alves et al (2003) detectaram, em gatos, anticorpos contra os sorotipos autumnalis, pomona, bratislava e icterohaemorrhagiae, e Santos et al (2000) encontraram anticorpos contra australis e butembo em roedores silvestres. Estes animais silvestres podem estar atuando, na região, como reservatórios destas leptospiras uma vez que os mesmos autores isolaram espiroquetas a partir do tecido renal.…”