Avaliação do uso tradicional e comércio de plantas medicinais e fitoterápicos no município de Resende, RJ: Uma contribuição para o desenvolvimento da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Sul Fluminense

Abstract

Este trabalho visou realizar um levantamento etnobotânico das plantas comercializadas como medicinais e fitoterápicos no município de Resende, RJ. Para tanto, foram mapeados os principais tipos de comércio de plantas medicinais e fitoterápicos e as espécies vegetais comercializadas no município foram registradas. O uso tradicional relatado foi correlacionado com as propriedades biológicas dos metabólitos biossintetizados pelas espécies vegetais já descritas na literatura. O levantamento etnobotânico e a pesquisa acerca do uso de espécies vegetais e fitoterápicos no município revelou que 44% das espécies descritas na RENISUS são comercializadas nas feiras e ervanários visitados e, 77% dessas espécies estão entre as mais consumidas. Foi possível observar que muitas das propriedades biológicas para as quais as espécies vegetais são tradicionalmente consumidas têm correlação com os metabólitos biossintetizados e comprovação descrita na literatura. Tais resultados podem auxiliar na implementação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no munícipio e no Sul Fluminense, além de contribuir para o acesso seguro, o uso racional e sustentável da biodiversidade.

Almanaque da saúde: uma experiência de popularização do conhecimento científico por estudantes de medicina

“…Dentre as múltiplas formas de compartilhamento por meio da escrita, os almanaques, com sua longa história de oferecer informações úteis, desempenharam um papel significativo na cultura brasileira ao longo dos anos [LUSTOSA, 2003]. O primeiro almanaque que envolveu ciência no Brasil foi o "Pharol da Medicina" que, elaborado com o patrocínio da Drogaria Granado, do Rio de Janeiro, em 1887, oferecia informações sobre medicamentos [TRIZOTTI, 2008].…”