Avaliação do risco de sangramento na profilaxia do tromboembolismo venoso

Abstract

Resumo O tromboembolismo venoso (TEV) é uma das principais causas preveníveis de morbimortalidade em pacientes hospitalizados, sendo a embolia pulmonar (EP) fatal possivelmente a sua primeira manifestação. Diretrizes nacionais e internacionais recomendam o uso de modelos de avaliação de risco para a prescrição de profilaxia do TEV em pacientes hospitalizados. Apesar das evidências e diretrizes de apoio, o uso da tromboprofilaxia permanece abaixo do ideal, o que pode resultar da baixa conscientização dos benefícios da profilaxia, mas também pode refletir o medo de complicações hemorrágicas, justificando a subutilização da tromboprofilaxia em todo o mundo. A avaliação do risco de sangramento é, portanto, necessária para a adequação de profilaxia e deve ser realizada de forma concomitante à avaliação do risco de trombose. O objetivo desta revisão é salientar a importância da avaliação conjunta do risco de TEV e do risco de sangramento em pacientes hospitalizados.

Acompanhamento farmacoterapêutico da Tromboprofilaxia na unidade de terapia intensiva.

“…No âmbito hospitalar, a existência de diversos fatores de risco elevam 8 vezes a probabilidade de manifestação de tromboembolismo venoso 6 . Alguns desses fatores são utilizados nos modelos de avaliação de risco (MARs), os quais auxiliam o direcionamento da profilaxia em pacientes cirúrgicos, clínicos e obstétricos [5][6]9 .…”

“…Entre os modelos de avaliação de risco (MARs) de TEV para pacientes cirúrgicos podem ser utilizados os escores de Caprini e Rogers, o escore de Pádua para os pacientes clínicos e o RCOG (Royal College of Obstetricians and Gynecologists) para pacientes obstétricos 5,9 . Esses escores contribuem na recomendação da profilaxia de acordo com a classificação de risco de TEV por ele obtido 9 , definindo a necessidade ou não de profilaxia medicamentosa, devendo a aplicação ser rotineira e individualizada [6][7] .…”