O objetivo deste artigo é apresentar uma análise, a partir dos resultados de uma pesquisa etnográfica em um Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) de Araraquara-SP, sobre os efeitos econômicos e sociais em escala maior, do trabalho na ponta, miúdo, da agência incumbida da efetivação do Programa Bolsa Família. Entende-se que esta pesquisa se viabilizou por uma abordagem latouriana do contexto de implementação do Programa: enquanto rede híbrida. O que se procurou foi seguir o rastro dos actantes e simetrizar sua perspectiva, supondo-se tomar um caminho ainda inexplorado nas pesquisas sobre o Programa, e contribuir assim para o entendimento de sua eficácia, limites e desdobramentos políticos.