A utilização de equipamentos nos locais de trabalho, incluindo hospitais, aumentou a poluição sonora em vários espaços, em parte devido à utilização de máquinas e eletrônicos, essenciais ao tratamento dos pacientes. Altos níveis de poluição sonora presentes em diversos ambientes, incluindo o hospitalar, podem influenciar no desenvolvimento laboral, gerando estresse e cansaço, além de intervir no desenrolar e reabilitação do paciente que está em tratamento. O objetivo deste trabalho foi mensurar os ruídos no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e comparar os dados com o preconizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Foi utilizado um decibelímetro digital portátil posicionado na altura do paciente em leito. As medições foram mensais entre agosto de 2014 e março de 2015, realizadas às 14 horas; em dezembro e março ocorreram três medições, às 6h; 14h e 22h, nos setores selecionados: Corredor da Clínica Médica, Enfermaria da Ortopedia, Unidade de Terapia Intensiva neonatal, Corredor do Pronto Socorro adulto, Unidade de Terapia Intensiva adulta, Unidade de Terapia Renal. A análise dos dados foi feita de forma estatística descritiva, utilizando o programa Microsoft Office Excel® e Minitab®. Foram encontrados valores acima do preconizado em todos os ambientes analisados dentro do hospital. Nas medições das 6h, que foram realizadas em dezembro de 2014 e em março de 2015, observa-se que este período apresentou-se como o mais silencioso, porém mesmo assim, com valores acima do preconizado. Dentre os setores analisados a Clínica Médica e Unidade de Terapia Renal estão entre os setores mais barulhentos. A Enfermaria da Ortopedia, o mais silencioso, porém com pressão sonora acima dos 62dB(A). Sendo assim, é de extrema importância o planejamento e a execução de medidas que visem à redução dos ruídos no ambiente para uma melhor qualidade de vida dos funcionários e recuperação dos pacientes.