“…Dessa forma, há inferências à epilepsia comórbida anteriormente ao tratamento ou ao surgimento de crise diante de outras medicações associadas àquelas utilizadas para o TDAH, para efeitos colaterais, inclusive. Por último, os 57 (40,7%) que nunca solicitaram esse exame seguem os guidelines e as orientações dos estudos clínicos sobre a segurança medicamentosa, estando de acordo com os estudos que evidenciaram que a frequência de EEGs alterados em relação à presença de descargas nos pacientes com TDAH sem epilepsia se assemelha com àquela da população infantil geral (BORUSIAK; ZILBAUER; JENKE, 2010; LOUTFI; CARVALHO, 2010).Além do que a presença das descargas eletrográficas nos pacientes com TDAH poderiam resultar de uma disfunção na maturação cerebral, não havendo uma relação causa efeito com a epilepsia(RICHER et al, 2002). Ademais, a solicitação do EEG previamente ao tratamento do TDAH de acordo com guideline da AACAP(2007) o EEG não deve ser solicitado rotineiramente nas crianças com TDAH, assim como no guideline NICE (2018) e o estudo realizado por Graham e Coghill(2008) que sugerem que o EEG apenas deve ser solicitado no caso de história familiar ou pessoal para crises epilépticas(AACAP, 2007;GRAHAM;COGHILL, 2008; NICE, 2018).Vale ressaltar, que a maioria dos participantes, 106 (82,8%) atua no sistema público e particular de saúde.…”