Avaliação da disciplina Formação Didático-Pedagógica em Saúde: a ótica dos pós-graduandos

Abstract

Na Universidade Federal de São Paulo, a disciplina Formação Didático-Pedagógica em Saúde (FDPS) é oferecida pelo Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde (Cedess/Unifesp) aos alunos dos programas de pós-graduação stricto sensu, desde 1996. Objetiva este trabalho analisar limites e possibilidades dessa disciplina a partir da ótica dos pós-graduandos. A metodologia utilizada foi a análise quanti-qualitativa de questionários. Os dados indicaram satisfação dos alunos e estímulo à reflexão, à participação e à troca de experiências. Inicialmente, eles manifestam expectativas sobre a dimensão técnica da docência e, gradativamente, se sensibilizam sobre as suas dimensões políticas e sociais. A disciplina propicia um espaço de reflexão sobre o papel do professor do ensino superior, considerando o contexto social e as políticas públicas de educação e de saúde no País.

A formação docente em programas de pós-graduação em Engenharia de uma universidade federal brasileira: diagnóstico e perspectivas

“…Desse modo, a capacitação à docência permanece em segundo plano. Surge assim a importância de serem redefinidos os quadros de disciplinas dos cursos de mestrado e de doutorado para que se tenha uma ampliação dos espaços para a preparação à docência como um dos eixos prioritários, possibilitando uma melhor articulação entre o ensino e a pesquisa (GERAB et al, 2014).…”

“…Segundo Franco (2012), já se sabe que a exposição de conteúdos não basta para que o aluno compreenda o ensinado, não por ser ruim, mas sim por ser insuficiente. Dessa forma, mais uma vez fica evidente a necessidade de uma preparação específica para docência que dê ao professor ferramentas para levar seu aluno à construção do 11 Lima e Costa / A formação docente em programas de pós-graduação em Engenharia de uma universidade federal brasileira: diagnóstico e perspectivas RBPG, Brasília, v. 14, 2017 | Debates próprio conhecimento, pois ele dificilmente empreenderá uma docência que assuma o aluno como sujeito de sua aprendizagem se não estiver envolvido em contextos de partilha, de debates de ideias, de reconhecimento dos próprios limites e das possibilidades (GERAB et al, 2014). Um exemplo de uso de ferramentas para a construção de conhecimento foi apresentado no trabalho de Zanrosso et al (2017), onde um grupo de engenheiras, cursando pós-graduação lato sensu em Educação em Engenharia, desenvolveram em aula um experimento bem simples, mas que ajudou os alunos a entenderem melhor os conceitos inerentes ao tema da aula, sendo que essa melhora foi identificada mediante aplicação de pré-teste e pós-teste em conjunto com o experimento.…”