Avaliação da completude da variável raça/cor nos sistemas nacionais de informação em saúde para aferição da equidade étnico-racial em indicadores usados pelo Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde

Abstract

Avaliou-se o preenchimento da variável raça/cor em oito sistemas/módulos nacionais de informação em saúde, bem como a viabilidade de cálculo e uso de indicadores segundo esse quesito na avalição do Sistema Único de Saúde. Somente três sistemas/módulos estavam adequados para validar três dos 24 indicadores usados pelo Índice de Desempenho do SUS. Apesar dos avanços nas estratégias para saúde de grupos étnico-raciais, o aprimoramento do preenchimento da variável permitirá melhor avaliação da situação de saúde da população negra. Recomenda-se monitoramento dessa variável por meio da qualificação da coleta e alimentação dos dados. É importante socializar o debate sobre equidade étnico-racial em saúde, utilizando-se o referido índice de desempenho para acompanhamento da atenção à saúde da população negra pelos governos e movimentos sociais.

Análise da completitude das notificações de violência perpetradas contra crianças

“…18 A study on the race/color in the national health information systems showed that the percentage of completion of this field varied little in the last years, remaining below 30% in all years. [19][20][21] These results reflect the importance of the ethnic registry of the population. This would allow the visualization of the most critical cases, such as the most vulnerable population to the events that evolve with greater gravity.…”

<b>Análise da qualidade do sistema de informações sobre nascidos vivos / Analysis of the quality of the information system on live births <b>

“…Ressalta-se que a ausência de dados referentes à ocupação habitual da mãe pode causar prejuízos na análise dessas informações, sobretudo em estudos com o objetivo de estabelecer relações entre variáveis sociodemográficas (17) . A variável raça/cor é importante para identificação de possíveis desigualdades de acesso às políticas de saúde materno-infantil relacionadas à discriminação, logo, o seu preenchimento adequado possui relevância significativa, pois os dados oriundos dessa variável do SINASC são utilizados no cálculo de indicadores do Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde, como Proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal e Proporção de parto normal, sendo que a análise desses é necessária para identificar condições étnico-raciais desiguais e orientar o planejamento e implementação de políticas públicas de saúde para a promoção da equidade (2,18) . A variável raça/cor foi inserida na DN em 1996, quando apresentou apenas 1,3% de preenchimento.…”

“…A variável raça/cor foi inserida na DN em 1996, quando apresentou apenas 1,3% de preenchimento. A justificativa para a elevada incompletude era a dificuldade para a obtenção da variável, que nesse período fazia referência ao recém-nascido e que era coletada a partir da percepção do profissional que preenchia a DN e não por autodeclaração.Apesar de a variável ter apresentado aumento de completude nos anos subsequentes, entre 2011 e 2012 o percentual de preenchimento dessa variável teve queda acentuada no país (18) . No presente estudo, a variávelfoi classificada como excelenteentre os anos 2000 e 2012, porém apresentou tendência crescente de incompletude.…”

Sífilis Congênita: Uma Problemática Em Saúde Pública

“…As secretarias municipais de saúde constituem protocolos de tratamento padronizado para DST, que é recomendado para garantir que todos os pacientes ganhem tratamento adequado, e o MS deixa claro, a importância da realização precoce do diagnóstico da sífilis, tanto para as gestantes como para outros portadores da patologia nas UBS (BRAZ, et al 2013;SILVA, et al 2015;ALVES, et al 2015;RAFFAELE, et al 2017 (COSTA, et al 2013;CHAVES, et al 2014;COOPER, et al 2016;MOREIRA, et al 2017 (BRAZ, et al 2013;SILVA, et al 2015;ALVES, et al 2015;RAFFAELE, et al 2017 TEIXEIRA, et al 2015;BECKHAUSER, et al 2017;FERREIRA, et al 2017 BECKHAUSER, Daniela et al O impacto da implantação do protocolo regional de atenção ao pré-natal e puerpério da serra catarinense na redução dos casos de sífilis congênita no município de são joaquim/sc. Revista UNIPLAC, v. 5, n. 1, 2017.…”