“…Independentemente da variabilidade nas concentrações encontradas nos fragmentos de EPI, a dificuldade de remoção de malationa das vestimentas indica a presença do produto impregnado na roupa, o que pode ser uma fonte de contaminação do trabalhador(LEME et al, 2014).Quanto maior for o tempo de nebulização e maior a quantidade de calda utilizada, maior será o tempo de exposição da vestimenta à calda, e, portanto, maior será o volume depositado sobre ela. Já em relação às condições dos diferentes ambientes de aplicação, vale salientar que atividades de nebulização em vielas e ruas estreitas, locais que dificultam a movimentação do agente e a Resíduos de malationa em vestimentas de equipamento de proteção individual, após lavagens usados em nebulizações no controle do Aedes aegypti contribuem para o aumento da deposição da calda sobre a vestimenta(PAPINI et al, 2011;LEME et al, 2014). Quanto maior a quantidade de calda depositada sobre o EPI maior a dificuldade na remoção do produto.Em estudo realizado pelo exército americano com roupas confeccionadas com 100% de algodão e expostas ao inseticida permetrina observou-se que após uma e dez lavagens apenas 20% e 40% do agrotóxico foram removidos, respectivamente(SNODGRASS, 1992), o que significa que o restante permaneceu na roupa e, portanto, pôde contribuir para exposição do trabalhador com o uso desse equipamento.Davies e col. (1982) também observaram o perigo da lavagem incompleta de EPI em trabalho sobre lavagem caseira para remover os ingredientes ativos diclorodifenil-tricloroetano (DDT), parationa metílica e toxafeno e detectaram que três lavagens não foram suficientes para remover os resíduos.…”