Avaliação da atividade mutagênica do extrato etanólico bruto de Paepalanthus latipes (Eriocaulaceae) e dos compostos flavonoídicos 7-metoxilados relacionados

Abstract

RESUMO:Paepalanthus latipes (Silveira) é uma das plantas brasileiras nativas da Serra do Cipó, Minas Gerais, conhecida como sempre-vivas e muito exportada para os Estados Unidos, Europa e Japão, por seu valor ornamental. Poucos resultados são relatados quanto à atividade biológica destas plantas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade mutagênica do extrato etanólico bruto de P. latipes e de dois flavonóides 7-metoxilados dele isolados (7-metilquercetagetina e 7-metilquercetagetina-4 -O-β-D-glicopiranosídeo), através do teste de Ames, utilizando linhagens mutantes de Salmonella typhimurium TA98 e TA100. A atividade mutagênica das amostras testadas, em concentrações variando de 62,5 a 375 µg/placa, foi determinada com ativação metabólica (utilizando-se a fração microssomal S9) e na ausência dessa. Os resultados demonstraram que, tanto o extrato etanólico bruto de P. latipes quanto os flavonóides 7-metoxilados testados, não induziram atividade mutagênica nas linhagens TA98 e TA100.Unitermos: Mutagenicidade; teste de AMES; Paepalanthus latipes; Eriocaulaceae; flavonóides; Salmonella typhimurium.ABSTRACT: Mutagenicity evaluation of crude ethanolic extract of Paepalanthus latipes (Eriocaulaceae) and isolated 7-methoxyflavonoids. Paepalanthus latipes (Silveira) is one of the native Brazilian plants from Serra do Cipó, Minas Gerais, known as sempre-vivas which is exported to the United States, Europe and Japan because of its ornamental value. Few results were reported in relation to the biological activity of these plants. In this work, the mutagenicity of the crude ethanolic extract of P. latipes and isolated 7-methoxyflavonoids (7-methylquercetagetin and 7-methylquercetagetin-4 -O-β-D-glucopyranoside) was evaluated by using the Ames test with Salmonella typhimurium TA98 and TA100 strains, at concentrations from 62.5 to 375 µg/plate, with and without metabolic activation (using microsomal S9 fraction). Results demonstrated that both the extract of P. latipes as well as the tested 7-methoxyflavonoids did not induce mutagenicity at the experimental tested conditions.

Determining the genotoxicity of an aqueous infusion of Bauhinia monandra leaves

“…Neither citotoxicity nor mutagenicity was observed suggesting that B. monandra infusion is not able to induce mutagenic lesion in a cell free system. Studies assess the toxic action of plant extracts through various tests (Silva et al, 2006;Vasconcelos et al, 2007;Dias et al, 2007, within which the test is Allium cepa, which is a plant species commonly used to evaluate genotoxicity of chemical and environmental products (Smaka-Kincl et al, 1996;Moreira et al, 2002;Jos et al, 2005;Bagatini et al, 2007;Fachinetto et al, 2007) through the presence of micronuclei (MN), what derived from whole chromosomes or acentric fragments not incorporated into the nucleus during cell division. The chromosome fragments can result from clastogenic effects caused by chemical substances or aneugenic effects where chromosome is lost from mitotic spindles (Yi and Meng, 2003).…”

Review on Compounds Isolated from Eriocaulaceae Family and Evaluation of Biological Activities by Machine Learning

“…Two flavonoids ( 34 and 36 ) were isolated, and the mutagenic activity of the metabolites and the crude extract was evaluated against different mutant strains of Salmonella typhimurium (TA98 and TA100). None of the flavonoids nor the crude extract showed mutagenic activity induction in bacteria [ 36 ]. Eleven years later, another study with aerial parts of the same plant obtained the same metabolites.…”

Análise in silico do perfil farmacocinético e toxicológico de fármacos em pesquisa para o tratamento da COVID-19

“…O teste de ames baseia-se na utilização de cepas indicadoras de S. typhimurium, sensíveis a substâncias capazes de induzir diferentes tipos de mutação. Na presença de agentes mutagênicos, estas cepas revertem seu caráter de auxotrofia para a síntese de histidina e passam a formar colônias em um meio desprovido deste aminoácido (Moreira, Santos, Varella, Varanda, & Vilegas, 2002).…”