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RESUMOO estudo foi desenvolvido com base nos dados coletados em um viveiro florestal em Santa Maria, com o objetivo de realizar uma avaliação postural dos trabalhadores e das condições ambientais e estruturais do local de trabalho. A avaliação ocorreu a partir de observações visuais, além de registros fotográficos e posterior análise postural através do método RULA pelo Software Ergolân dia. Ainda, utilizou-se de entrevista informal e o censo de ergonomia de COUTO para aferições acerca dos trabalhadores do viveiro. Através das análises, evidenciou-se que as posturas empregadas no total de atividades avaliadas no viveiro não se encontram adequadas, resultando no nível 3 do método RULA, sendo necessário, portanto, intervenção ergonômica. Corroborando com tais resultados, evidenciou-se dor e desconforto nos trabalhadores, especialmente na região de coluna, pescoço, pernas e braços dos trabalhadores. O ambiente de trabalho estudado também não é condizente com o adequado para a execução das tarefas, ocasionando insatisfação entre os trabalhadores. Assim, para melhoria do ambiente, saúde e segurança, recomenda-se o uso de bancadas que permitam posturas corretas para a execução das atividades, utilização de EPIs durante as operações, evitar transporte de cargas excessivas, além de manter o revezamento de funções, diminuindo o risco de lesões por atividades repetitivas.Palavras-chave: Análise Postural; RULA; Segurança.
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IntroduçãoO setor de florestas plantadas no Brasil vem sofrendo uma expansão considerável desde a última década. Destacandose especialmente as espécies dos gêneros Pinus e Eucaliptus, os plantios comerciais totalizam 6,5 milhões de hectares, com uma taxa de crescimento anual de 3,5%. Na sociedade, tem sua importância ainda em termos econômicos e sociais, sendo responsável, em 2011, por um valor bruto de produção de R$ 51,8 bilhões [1].No sistema florestal, a produção em viveiro constitui a primeira etapa do processo, tornando-se o principal setor responsável pela oferta das mudas que farão parte de plantações comerciais, reflorestamentos, arborização urbana, entre outras finalidades [2]. Apesar da relevância, as operações que envolvem o preparo das mudas e implantação florestal, ainda em sua maioria são desenvolvidas de forma manual ou semimecanizada e sem condições ergonômicas apropriadas, expondo os trabalhadores a equipamentos perigosos, elevados esforços físicos e posturas inadequadas [3].Dependendo da forma como essas atividades são efetuadas, os trabalhadores ainda muitas vezes, erguem e transportam cargas com peso acima dos limites toleráveis, na forma incorreta e continuadamente por vários anos, aumentando riscos de lesão no trabalho [4]. Em virtude desse panorama, temse aumentado a preocupação com a saúde e segurança dos trabalhadores, buscando melhorias no ambiente laboral, criando...