Autoestima e bullying: uma revisão integrativa

Abstract

Este artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de descrever como as pesquisas têm estudado a influência da autoestima nos comportamentos dos autores e alvos do bullying. O levantamento dos dados foi realizado em quatro bases: Lilacs, Scielo, PsycArticles e Scopus, usando os descritores "bullying", "violência escolar" e "autoestima", nos idiomas português, inglês e espanhol. Os resultados do processo de seleção se referem a 11 estudos, que foram categorizados em três temáticas principais: Perspectiva de gênero; Participação escolar, familiar e comunitária; e a saúde mental do estudante. Notou-se que os alvos do bullying sofrem com as consequências na saúde mental e seus comportamentos estão relacionados a solidão, humor depressivo, conflitos familiares, isolamento social e suicídio. Conclui-se que as intervenções com a escola e a família podem elevar a autoestima do estudante e contribuem para o bem-estar psicoemocional dos envolvidos nos episódios de bullying e para uma convivência pacífica entre os pares.

Os acometimentos psicossociais implicados na obesidade e a sua relação com o bullying em duas escolas do Nordeste

“…Foram comum relatos que apontaram a baixa autoestima como uma das principais causas para sofrimento mental. Para as crianças e adolescentes, situações acadêmicas e emocionais podem afetar negativamente a sua autoestima, tendo repercussões prejudiciais no que se refere a relacionamentos, capacidades e atitudes (Matos et al, 2020). É fundamental lidar com essas questões como ocorreu durante as discussões.…”

“…É fundamental lidar com essas questões como ocorreu durante as discussões. A importância dessa abordagem reside no fato de que situações que geram esse tipo de sofrimento refletem não apenas no bem-estar individual, mas no bem-estar de todos a sua volta (Matos et al, 2020). A abordagem da saúde mental nas escolas se faz fundamental, uma vez que estudos demonstram no Brasil prevalência superior a 10% de transtornos mentais entre crianças (Esper, 2021).…”

O Ateneu

“…Os desdobramentos do bullying o colocam como uma séria questão de saúde pública (Mello et al, 2017;Monteiro et al, 2017;Santos et al, 2020), sobretudo porque quase um terço dos estudantes da maioria dos países do mundo sofrem com esse tipo de violência (UNESCO, 2019) e porque os próprios profissionais da educação também são acometidos por esse problema (De Wet; Jacobs, 2021), uma vez que a violência escolar não se limita às relações horizontais e assimétricas de poder entre os estudantes (Ferber, 2023). Na década de 1970, os estudos sobre o bullying foram impulsionados, tendo Dan Olweus como um dos primeiros pesquisadores a delimitar os critérios para diferenciar o bullying das demais formas de violência (Fante, 2005).…”