Atuação do enfermeiro na classificação de risco através do Protocolo de Manchester nos serviços de urgência e emergência

Abstract

O Protocolo de Manchester (PM) é uma ferramenta indispensável direcionada principalmente para gestão dos serviços de urgência no Brasil e em outros países, onde os pacientes são classificados na triagem por escalas de cores, usando como base os sinais e sintomas, observando assim o grau de complicação e o tempo de espera até o seu atendimento. Este estudo teve como objetivo realizar uma busca ativa na literatura sobre atuação do enfermeiro na classificação de risco através do Protocolo de Manchester nos serviços de urgência e emergência. Trata-se de estudo de origem descritivo, utilizando como técnica a Revisão Integrativa de Literatura (RIL), em conjunto com a estratégia de PICO para formulação da pergunta norteadora. A pesquisa foi realizada entre os meses de março e maio de 2021 nas bases indexadas dentro da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sendo: LILACS, BDENF e MEDLINE através da junção de quatro Descritores em Saúde (DeCS) cruzados com o operador booleano “AND”: Enfermagem em Emergência AND Serviços Médicos de Emergência AND Enfermagem AND Triagem, sendo encontrados 479 artigos na totalidade. Ao adicionar os critérios de artigos publicados nos últimos cinco anos (2016 a 2021) dentro dos idiomas português e inglês, este número reduziu para 89. Após a leitura e análise das pesquisas, 11 artigos foram selecionados para compor este estudo. A classificação de risco tem inúmeros benefícios para seus usuários, com maior destaque para a redução de riscos e mortes evitáveis, priorização do atendimento após a avaliação dos critérios clínicos, extinção da triagem por funcionamento não qualificado. Diante das informações expostas, foi verificado a importância do profissional de enfermagem frente a classificação de risco por meio do protocolo de Manchester nas unidades de urgência e emergência, sendo ele o profissional direcionado e capacitado para realizar a avaliação do cliente.

Utilização do protocolo de manchester na classificação de risco no contexto de urgência e emergência: uma revisão sobre as implicações encontradas no tempo de espera

“…Estudos observaram que o aumento da demanda em serviços de urgência e emergência esta atribuído a baixa capacidade da atenção primária a saúde em atender e contemplar as necessidades da população, premissa que vai contra as diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde que preconiza que atenção primaria a saúde seja a porta de entrada da rede dos serviços de saúde. Não obstante outros fatores podem fragilizar a rede de saúde e sobrecarregar ainda mais os serviços de atenção terciária: Os déficits encontrados na capacidade resolutiva na atenção básica como as filas para atendimento especializados, exames ou procedimentos, a cronicidade das doenças, principalmente as comorbidades relacionadas as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e a baixa capacidade da atenção básica em atender a alta demanda da população como o público trabalhador, que normalmente se encontra em jornada de trabalho no mesmo período que as unidades estão abertas ofertando atendimento saúde(SAMPAIO et al, 2022; MORREIRA et al, 2021;DE SOUZA SALDANHA, 2021).Padrões culturais podem influenciar os desvios de saúde em atendimento emergenciais. O público brasileiro, de modo geral apresenta uma baixa adesão a programas e estratégias voltadas a prevenção e promoção a saúde.…”

“…E valido ressaltar que o enfermeiro atua em várias etapas do protocolo, desde a tomada de decisões até o gerenciamento das equipes. O atendimento de enfermagem de forma segura e eficaz faz com que os serviços de urgência possuam critérios de organização, uma vez que que a utilização do STM promove o tempo adequado de espera do paciente, minimizando dessa forma risco inerentes a saúde e garantindo segurança ao paciente através de um atendimento mais resolutivo(MORAES FILHO et al, 2018; SOUZA, SANTOS;2022).CONSIDERAÇÕES FINAISO presente estudo elucidou sobre a utilização do STM no contexto da urgência e emergência. Buscou-se elucidar sobre dois principais fatores que funcionam como implicações no tempo de espera para esse tipo de atendimento: A superlotação dos serviços de saúde e a demanda excessiva por atendimentos de emergência devido à falta de efetividade da rede de atenção à saúde.…”