“…Agreguem-se também a esses fatores desfavoráveis aos pequenos produtores ("ineficientes" e descapitalizados) o elevado custo do crédito bancário (política monetária contracionista), maior rigor na seleção dos empréstimos bancários, o processo de desmonte das instituições oficiais de pesquisa e assistência técnica rural (únicas às quais os pequenos produtores têm acesso) 65 -enfim, todos elementos apresentados no Capítulo 4. A Tabela 8 também registra que não houve redução dos números totais de famílias; que as alterações na composição das famílias são favoráveis ao aumento da participação das famílias não agrícolas: no RS, em 1992, havia 1,8 família pluriativa para cada família não agrícola, mas em 1999, essa relação caiu para 0,7 família pluriativa para cada família não agrícola (essas mesmas relações caem de 1,4 para 0,9 -no PR -e de 0,9 para 0,4 -em 72 Mattei (1999) e Souza (2000) ressaltam a importância das transformações no ambiente externo sobre as decisões familiares por diversificarem atividades. 73 Schneider (2003) dá maior ênfase, para o entendimento da pluriatividade, às dinâmicas "microssociais" internas às famílias (as "estratégias familiares").…”