Atividade do Alumínio na Solução do Solo de Um Latossolo Vermelho Distrófico Submetido ao Manejo do Solo e de Culturas

Abstract

RESUMO: O objetivo do trabalho foi avaliar a interação do manejo do solo e de culturas nos atributos químicos da solução de solo referentes à porcentagem e atividade de formas de Al tóxico de camadas de solo entre 0 a 20 cm. As amostras foram provenientes de experimento conduzido em Passo Fundo, RS, em um Latossolo Vermelho distrófico, com mais de duas décadas de cultivo sem aplicação de calcário. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema de subparcelas. Os tratamentos foram: plantio direto (PD), cultivo mínimo com escarificador (PM) e preparo convencional com arado e grade (PC), combinados com as rotações de culturas: trigo/soja (R1); trigo/soja -ervilhaca/sorgo (R2) e trigo/soja -ervilhaca/sorgo -aveia branca/soja (R3), para avaliar o efeito da interação destas rotações com o tipo de manejo de solo no rendimento de grãos (RG), na massa seca da parte aérea (MS) e nos atributos químicos da solução do solo referentes à porcentagem e atividade de formas de Al tóxico, nas camadas de 0 a 6,7 cm e de 6,8 a 20 cm. Uma floresta subtropical adjacente foi amostrada com a finalidade de se balizar os valores originais dos atributos avaliados. Não houve correlações entre o RG e a MS e os atributos de solo avaliados, em ambas as camadas, mesmo havendo diferenças de níveis de restrições físicas e químicas entre as camadas. Os atributos químicos da solução do solo não foram influenciados pela interação dos fatores estudados, sendo pouco influenciados pela rotação de culturas. O plantio direto propiciou maiores valores de carbono orgânico dissolvido e menor teor e atividade de Al na solução. Palavra-chave: acidez; sistema plantio direto, preparo convencional, química do solo.

Chemical Species and Aluminum Concentration in the Solution of Acid Soils Cultivated with Soybean and Corn under Liming

“…For that purpose, the mean of four replicates of the total concentrations of Ca 2+ , Mg 2+ , K + , Al 3+ , SO 4 2-, Cl -, NO 3 -, and PO 4 3-, of the pH measured in the solution, and of ionic strength (I) were used. Ionic strength was calculated from the EC of the soil solution, according to the equation log I (M) = 1.159 + 1.09 × log EC 25 (dS m -1 ), in which EC 25 represents electrical conductivity corrected to 25 °C, according to Spera et al (2014).…”

“…This lack of response may be related to the interaction among the ions in the soil solution, which can most often exist at an effective concentration lower than the analytical concentration (data not shown), which determines a lower chemical potential of the element, and is reflected in lower toxicity of the Al 3+ to the plants (Matúš, 2007;Nolla et al, 2015;Rutkowska et al, 2015). Therefore, the use of the activity level of this element, instead of the concentration, is more closely related to plant response (Cristancho et al, 2014;Spera et al, 2014). Table 5.…”

“…The toxicity of Al in acid soils depends on the activity of the toxic forms of Al in the soil solution (Álvarez et al, 2012;Spera et al, 2014;Rutkowska et al, 2015), on the Al complexation (Nolla et al, 2015;Rutkowska et al, 2015), on the control of the solubility of Al in the soil solid phase (Siepak et al, 1999), and on the soil environment (Kinraide, 1997). The species understood as most toxic are Al 3+ , Al(OH) 2+ , and Al(OH) 2 + (Ryan et al, 2009;Cristancho et al, 2014;Rutkowska et al, 2015).…”

“…The species understood as most toxic are Al 3+ , Al(OH) 2+ , and Al(OH) 2 + (Ryan et al, 2009;Cristancho et al, 2014;Rutkowska et al, 2015). The sum of Al in these forms represents the total concentration in the soil solution, while the sum of their chemical potential represents the total activity of the Al (Cristancho et al, 2014;Spera et al, 2014). In addition to Al activity in the solution, the effects of acidity on plants are also related to the activities of Ca 2+ , Mg 2+ , K + , and the anions H 2 PO 4 and SO 4 2- (Yang et al, 2006;Zambrosi et al, 2008;Alleoni et al, 2010;Hashimoto et al, 2010) and to the total organic carbon (TOC) content (Vieira et al, 2009;Ferro-Vásquez et al, 2014;Hagvall et al, 2015).…”

“…To make this evaluation, quantification of the chemical species considered toxic becomes necessary, mainly the labile species of Al, such as Al 3+ , Al(OH) 2+ , and Al(OH) 2 + , as well as non-toxic species, especially the complexes of Al with organic and inorganic molecules that alter the proportion and activity of the toxic forms of Al (Ferro-Vásquez et al, 2014;Hagvall et al, 2015;Nolla et al, 2015) and, furthermore, the elements that can reduce Al toxicity, such as Ca 2+ and Mg 2+ (Silva et al, 2008;Hashimoto et al, 2010;Auxtero et al, 2012). In general, Al 3+ activity, rather than measurements of the soluble or exchangeable forms, is the best indicator of toxicity potential in acid soils (Ferrufino et al, 2000;Spera et al, 2014).…”