Atitudes dos trabalhadores de saúde mental em relação aos pacientes psiquiátricos em uma cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro

Abstract

Resumo Introdução Existem poucos estudos acerca da avaliação das atitudes dos trabalhadores em saúde mental em relação aos indivíduos com transtornos mentais no Brasil, principalmente em cidades de médio e pequeno porte. Portanto, foi conduzido um estudo seccional para avaliar as atitudes dos profissionais de saúde mental que trabalham em uma pequena cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro. Método Foram avaliados 155 trabalhadores em saúde mental do município de Carmo, em novembro de 2015, utilizando a escala Community Attitudes Toward Mentally Ill (CAMI-BR). A CAMI tem quatro subescalas: Autoritarismo, Benevolência, Restrição Social e Ideologia de Saúde Mental Comunitária. Resultados Os trabalhadores, na sua maioria, apresentaram atitudes positivas para com os pacientes psiquiátricos. A subescala que teve pontuação mais alta foi Benevolência, seguida por Ideologia Comunitária, enquanto Restrição Social e Autoritarismo obtiveram as pontuações mais baixas. As variáveis que tiveram associação significativa com as atitudes positivas foram: faixa etária, categoria profissional e nível educacional. As pessoas mais jovens e com mais anos de estudo foram as que mostraram atitudes mais positivas. Os Cuidadores apresentaram atitudes mais negativas quando comparados às outras categorias. Conclusão Embora ainda persistam algumas atitudes autoritárias no cuidado dos pacientes psiquiátricos, os trabalhadores de Carmo têm atitudes positivas relacionadas às pessoas com transtorno mental e sua inclusão na comunidade, o que fortalece a implementação das reformas da assistência psiquiátrica no município.

Atitudes de enfermeiros de cuidados primários frente à doença mental: comparação Brasil-Portugal

“…Os enfermeiros brasileiros detêm menor tempo de formação, logo, são ligeiramente mais autoritários que os portugueses. Estudos apontaram que a evolução formativa superior a doze anos possibilita atitudes menos negativas na dimensão Autoritarismo (19) e que enfermeiros mais instruídos são mais conscientes dos estigmas que envolvem as pessoas com doenças mentais em relação aos com menor instrução, o que resulta em atitudes menos discriminantes. (4) Ademais, quanto mais elevados forem os níveis de ensino que o profissional tem, maior é o impacto positivo frente à redução dos estigmas e rótulos.…”

“…(23,24) Comparando as duas realidades, os enfermeiros brasileiros também apresentam atitudes mais negativas nas dimensões Restrição Social e Etiologia Interpessoal, que designam que a pessoa com doença mental deve ser restrita do contexto social, (25) e que o adoecimento mental ocorre em função de escolhas individuais conduzidas ao longo da vida, tendo como pano de fundo as relações interpessoais problemáticas, (26) dados que encontram respostas devido ao menor tempo de formação profissional. (19) Salienta-se que, quando o usuário recebe atitudes negativas, as possibilidades futuras para o enfermeiro reverter estas para uma atitude positiva diminuem e impactam em seu tratamento.…”

Exercise of human rights of institutionalized persons: perception of psychiatric hospital professionals

“…However, deinstitutionalization must extend to the community scope and, for this purpose, it is fundamental that the community offer support and a favorable environment so that persons with mental disorders may exert their human rights (5) . Human rights are essential for persons to have dignity and quality in their lives.…”

Scale of Stereotypes about the Mentally Ill: Construction and Preliminary Psychometric Evidence

“…These historical elements are part of the beliefs that society continues to hold about mad/mentally ill individuals, who are perceived as dangerous and unpredictable and therefore must be kept away from social interaction (Melo, Pegoraro, Santos, & Pillon, 2016;Sousa, Maciel, Medeiros, & Vieira, 2016). This reality contributes to their being victims of prejudice and being subjected to the most severe forms of social exclusion (Abramenko, Lovisi, Fonseca, & Abelha, 2017). Despite the persistence of these prejudiced and exclusionary ideas, the mental health care model is currently undergoing a process of transformation, and its guidelines are focused on new perspectives related to deinstitutionalization, social inclusion, and the humanization of care.…”

“…The process of deinstitutionalization appears in the Psychiatric Reform as a prominent theme; however, as a political and social process, this movement is complex, multifactorial, and surrounded by not only practical changes, such as the closure of hospitals and the opening of substitutive services, but also ideological changes and the fall of psychiatric paradigms. For the deinstitutionalization process to occur, it is necessary for the whole community to embrace this in its daily life and to off er support and a favorable environment such that people with psychic suff ering are included in society like other citizens (Abramenko et al, 2017;Costa, Jorge, Coutinho, Costa, & Holanda, 2016).…”