Atendimento a pacientes em situação de urgência: do serviço pré-hospitalar móvel ao serviço hospitalar de emergência

Abstract

O objetivo desta pesquisa foicompreender o atendimento do paciente em situação de urgência desde o serviço pré-hospitalar móvel ao serviço hospitalar de emergência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com o referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, entre abril a setembro de 2016, com uma amostragem teórica de 24 participantes, entre profissionais de um hospital referência em trauma, Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar e Base Operacional Avançada do Serviço Móvel de Urgência. A análise dos dadosocorreu mediante codificação inicial e focalizada.Obtiveram-se três categorias: (1) Atendendo os chamados por atendimentos, (2) Prestando atendimento ao paciente no local de ocorrência e (3) Realizando atendimento ao paciente no serviço hospitalar, que sustentam o fenômeno: “Realizando o atendimento do paciente em situação de urgência do APH móvel para o serviço hospitalar de emergência”. Conclui-se que a acolhimento ao paciente em situação de urgência é iniciado com o acionamento do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. A continuidade deste atendimento ocorre no ambiente hospitalar por meio do acolhimento da equipe e realização dos cuidados necessários, conforme a gravidade do quadro clínico dos pacientes.

Percepção De Enfermeiros Gestores Sobre a Rede De Atenção Às Urgências

“…Todos os participantes revelaram que possuem conhecimento sobre os serviços ofertados na RAU, que vão desde a atenção primária até a atenção terciária, entendendo a importância da descentralização e o fluxo de atendimento conforme o nível de complexidade. O entendimento sobre os diferentes profissionais existentes nos serviços de urgência beneficia a integração entre os níveis de atenção e a realização dos encaminhamentos necessários, o que potencializa a qualidade da assistência, a organização da rede e a integralidade do cuidado 18 .…”

Violência sofrida por enfermeiros do atendimento pré-hospitalar em áreas de risco ou conflito urbano

“…Sabe-se que o objetivo do APH é diminuir o tempo de atendimento às vítimas de agravos à saúde de qualquer natureza, ainda no local de ocorrência e disponibilizar o deslocamento até as unidades hospitalares para possibilitar uma maior sobrevida e resolubilidade dos casos (Cunha et al, 2019).…”

“…Trabalhadores do APH são impedidos, muitas vezes, de realizar atendimentos em comunidades com venda de drogas, pela presença de barricadas que impossibilitam o deslocamento das ambulâncias, trocas de tiro e proibições por integrantes do tráfico. Acredita-Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e711997787, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7787 13 se que a não permissão da entrada de serviços de saúde possa ser uma demonstração de violência em defesa da estrutura e continuidade do mercado de drogas (Cunha et al, 2019;Farias et al, 2010;Hoglund et al, 2019), prejudicando diretamente inúmeras pessoas que residem e trabalham nessas localidades.…”

“…Destaca-se que, em algumas localidades, o serviço de APH mais voltado ao resgate e prestação do atendimento básico de emergência é composto apenas por socorristas. São profissionais que assumem uma função norteadora do serviço de emergência, que tem como meta prestar assistência à vítima em tempo hábil sem agravar ou causar danos, com o apoio de outros profissionais da saúde para um atendimento mais seguro e qualificado (Cunha, Erdmann, Santos, Menegon & Nascimento, 2019;Freitas, Martins, Silva, Jaques & Vasconcelos, 2019).…”

Assistência do enfermeiro na parada cardiorrespiratória no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)

“…A comunicação é fundamental desde o recebimento da chamada até o seu desdobramento na função hospitalar de emergência autorizando que os profissionais ajam de maneira complementar e proporcionando a integralidade da assistência. (Siqueira, Rennó, Ferreira, Ferreira, Paiva, 2017) Cunha, Erdmann, Santos, Menegon & Nascimento (2019, o atendimento é realizado em um ambiente aberto e não controlado, os profissionais buscam prover um atendimento de qualidade em tempo prático dentro das condições ambientes e disponíveis. As equipes do suporte pré-hospitalar interagem entre si durante as ocorrências e buscam, quando necessário, ajuda um do outro para a assistência do paciente.…”