Associação entre o controle glicêmico em pacientes diabéticos e a redução no risco de demência: uma revisão de literatura

Abstract

A diabetes mellitus é uma doença metabólica crônica, caracterizada por níveis séricos de glicose acima do normal, decorrente de defeitos na excreção ou ação da insulina. De acordo com o mecanismo fisiopatológico, a diabetes pode ser classificada em tipo 1, quando há destruição autoimune das células β pancreáticas com consequente deficiência na produção de insulina, ou em tipo 2, quando resultante de anormalidades que levam à resistência da ação insulínica. Alguns dos sintomas de hiperglicemia incluem poliúria, polidipsia e perda de peso, porém, não é raro o diagnóstico dessa afecção em pacientes assintomáticos, visto que, inicialmente, é uma doença invisível e silenciosa. A ausência de controle adequado da glicemia nos pacientes diabéticos pode levar a outras comorbidades, culminando com o aparecimento de graves complicações, que reduzem a expectativa e a qualidade de vida do portador desta doença, como o desenvolvimento de um quadro demencial. A partir dessa importante correlação, o presente estudo analisa a ação de certos fármacos no prognóstico evolutivo do acometimento neurológico, salientando a importância do controle glicêmico, por meio da farmacoterapia e, não menos importante, de hábitos de vida saudáveis, uma vez que a hiperglicemia e a hiperinsulinemia, resultante da resistência insulínica, estão diretamente relacionadas com a degeneração cognitiva.

Diabetes e demência: como alguns fármacos para tratar diabetes reduzem o risco de demência

“…Inclui perda funcional em vários níveis, como demência, comprometimento cognitivo leve (CCI) e doenças degenerativas, como a doença de Alzheimer (DA). A DM2 está associada ao desenvolvimento de demência, como DA e doença cerebrovascular (Amaral et al, 2020). disso, a inflamação crônica, comum em pessoas resistentes à insulina, pode ser um elo fisiopatológico entre as duas condições.…”

“…Recomenda-se cautela antes de introduzir esses medicamentos no tratamento. Por fim, espera-se que a metformina e os inibidores da nzima dipeptidil peptidase 4 (DPP-4) ofereçam resultados promissores na redução do risco de demência por meio do controle glicêmico (Amaral et al,2020).…”

“…No entanto, o uso de metformina pode prejudicar o desempenho cognitivo em pacientes com deficiência de B12 (Amaral et al, 2020).…”