Universidade Federal do AmapáIntrodução: A pandemia pelo covid-19 impôs regras sanitárias que objetivam controlar seu impacto, restringiu o acesso a bens e serviços, com finalidade de reduzir aglomerações, em especial nas consultas subsequentes de saúde sexual e reprodutiva de adolescentes, grupo populacional foco deste relato. Objetivo: analisar a adesão às consultas de saúde sexual e reprodutiva de adolescentes em tempos da pandemia do Covid-19. Métodos: dados coletados do ano de 2020, do livro de registro de usuárias, do serviço de saúde sexual e reprodutiva desenvolvido Policlínica da Universidade Federal, no município de Macapá/Amapá. Resultados: Analisou-se 57 registros entre a faixas etária dos 14 aos 19 anos, assim como a escolha do método anticoncepcional, e constatou-se que a idade de maior índice que procurou pelo método com 28,1% foram adolescentes de 18 anos e o anticoncepcional predominante com 41,1% foi o trimestral (Demedrox), seguido pelo ciclo21 com 17,9%. Os dados são relevantes, pois a escolha do método contraceptivo está voltado para o tipo hormonal, o qual deve ser uma preocupação a considerar a idade das usuárias. Outro fator de inquietação é o longo tempo entre as consultas, onde 25 usuárias fizeram apenas primeira consulta, e 18 fizeram apenas uma consulta subsequente, no mês seguinte. A considerar a pandemia, a busca de faltosos está sendo restringida, o que interfere na continuidade da assistência a ser prestada, por não haver continuidade de consultas subsequentes. Conclusão: Evidenciou-se que a pandemia do covid-19 está interferindo no acesso às diferentes áreas da saúde, a citar a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes, preocupantes, pelo elevado o risco de uma gravidez indesejada em função da ruptura nas consultas subsequentes que envolve orientações, exames, diagnóstico, tratamento de agravos e continuidade ao uso do contraceptivo de escolha.