Aspectos toxicológicos da ivermectina: um estudo dos efeitos na morfologia do fígado de ratas prenhes

Abstract

A Ivermectina, princípio farmacológico de um medicamento de uso veterinário possui efeito antiparasitário contra endo e ectoparasitos, é amplamente utilizada na prática veterinária. Esta droga é biotransformada no fígado, resultando em 3 metabólitos, sendo o mais importante o 24-hidroxi-metil-diidroavermectina B1. O fígado é essencial na regulação do metabolismo, na síntese de certas proteínas, servindo como local de armazenagem para certas vitaminas e ferro, degradando certos hormônios e inativando e excretando certos medicamentos e toxinas. Portanto, este trabalho teve por objetivo avaliar a morfologia dos fígados de ratas prenhes tratadas com ivermectina. Para tanto foram utilizadas 30 ratas albinas, as quais foram divididas em 3 grupos de 10 animais. Os animais foram colocados para acasalar e após a detecção da prenhez, presença de espermatozóides no esfregaço vaginal realizado na manhã do dia seguinte, sendo assim designado o primeiro dia de gestação, cada animal foi tratado com ivermectina, na dose correspondente a cada grupo durante 18 dias, com administração a cada 3 (três) dias, totalizando 6 administrações. Após esse período o fígado foi coletado, pesado em balança analítica e processado para microscopia de luz. A análise do peso relativo dos fígados das ratas prenhes e não prenhes não revelou diferença significativa entre os grupos experimentais, onde o tratamento com ivermectina nas doses de 4,0 e 8,0 mg/kg não alterou a massa relativa do fígado, nem apresentou alterações na cor, textura, consistência e hemorragias. Com relação ao estudo através da microscopia de luz, não foram observadas alterações histopatológicas.

Morfometria, estereologia e bioquímica hepática de ratos albinos lactentes submetidos à ingestão residual da pregabalina no leite materno

“…O aumento do peso do fígado evidencia a influência maior da droga sobre o desenvolvimento corpóreo na cronicidade. O tamanho de vários órgãos é diretamente proporcional ao desenvolvimento corpóreo (Medeiros et al 2021;Research, Society and Development, v. 10, n. 16, e491101624117, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i16.24117 10 Rodrigues et al 2021), portanto ao constatar-se o aumento do peso corpóreo dos animais tratados com pregabalina, espera-se que haja um aumento equivalente do peso do fígado. Entretanto, esse aumento foi percentualmente maior no fígado do que no peso corpóreo como um todo, sobretudo nos animais do grupo experimental de 14 dias.…”

A possível citotoxicidade desenvolvida pelo uso de ivermectina em pacientes com COVID-19: uma revisão integrativa

“…De acordo com Pandey et al (2020) a ação da ivermectina para o SARS-coV-2 age na diminuição da sua carga viral, efeito esse possibilitado devido a inibição nuclear do vírus mediação pelo IMPα/β1 viral, tendo uma redução de 5.000 vezes do RNA do invasor em células in vitro, com apenas uma dose do remédio. Considerando esta dinâmica do medicamento e a pandemia do COVID-19 com número de mortes alarmantes, foi sugerido, em meados de 2020, o uso da ivermectina para o tratamento inicial de pacientes infectados com sintomas leves e moderados por COVID-19 (Medeiros et al, 2021). Research, Society andDevelopment, v. 11, n. 11, e555111133611, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33611 3 As doses inicias administradas em seres humanos para se ter o resultado esperado devem ter maiores concentração em comparação as aplicadas nas células in vitro, entretanto, essa elevada concentração medicamentosa tem efeito tóxico para o organismo dos pacientes (Molento, 2020), haja vista que, segundo Rendic (2021) a farmacocinética e o metabolismo hepático da ivermectina nos seres humanos podem ter ação inibitória através da neurotransmissão GABAenérgico, resultando na liberação do GABA, o qual age como agonista e promove a neurotoxicidade, quando executada em altas doses, devido a sua capacidade absorção-expulsão pelo trato gastrointestinal e barreira hematoencefálica que é mediada por P-gp, MRPs, ABCB1 e outros transportadores ABC.…”