Aspectos Epidemiológicos da Leishmaniose Visceral Canina e Humana no Estado do Maranhão, Brasil (2009-2012)

Abstract

Este trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo sobre os aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) e Humana (LVH) no estado do Maranhão no período de 2009-2012. A amostra constituiu-se dos dados de fichas de registros provenientes de animais do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) de São Luís-MA e dos registros notificados na Secretaria de Estado da Saúde (SES) no período de 2009 a 2012. Foram registrados um total de 2.259 atendimentos a caninos com suspeita de Leishmaniose no CCZ, a maior frequência de registros foi de machos 1.198 (53,03%). Desses atendimentos, 564 (24,96%) foram soropositivos para Leishmania e a maior frequência ocorreu no período seco 326 (57,80%). Dos casos de LVH, foram notificados 2.755, destes 1.577 (57,24%) foram confirmados e 59 (3,74%) vieram ao óbito. Dos casos notificados para a LVH no estado do Maranhão, a maioria era do sexo masculino 1.656 (60,12%). A faixa etária onde houve maior ocorrência de casos notificados estava compreendida entre 1-4 anos de idade com 282 (37,95%) em 2011. Verificou-se que a LVH estava presente em 129 municípios do estado do Maranhão, sendo que os de maior frequência foram Imperatriz com 126 (4,57%). Dessa forma, pode-se concluir que ocorreu elevado número de casos de Leishmaniose Visceral Canina e Humana no estado do Maranhão no período pesquisado.

Aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral no estado de Alagoas no período de 2010 a 2020

“…O estudo de Sales et al (2017), em consonância com Lago et al (2020), permitiu inferir que o estado do Maranhão possui área endêmica para LV além disso, os registros de casos permitiram evidenciar que desde a década de 80 há um aumento considerável dos casos. Os acometidos em maior número foram do sexo masculino (Sales et al,2017) e os municípios que são mais atingidos são os que possuem maior urbanização, entretanto ausência de saneamento básico, e apesar da intensa urbanização ocorrer, a destruição dos ecótopos silvestres favoreceu a procura por outras formas e fontes dos insetos de alimentarem.…”

Avaliação epidemiológica da leishmaniose visceral no município de Imperatriz - MA entre os anos de 2012 e 2017

“…Adicionalmente, a maior prevalência da LVH localizou-se na microrregião de Porto Franco no centro-sul do estado e em Itapecuru Mirim no norte maranhense com registro acima de 25 casos por 100.000 mil habitantes no período em estudo. No ano de 2012, houve uma diminuição da prevalência, sendo registrada em menor número de casos nas microrregiões localizadas no centro-oeste do estado (SALES DP, et al, 2017).…”

Leishmaniose Visceral Em Cães No Brasil

“…Já no estudo desenvolvido por Rocha et al (2018), o estado de Alagoas apresentou uma prevalência de 9,9% e no estudo de Campos et al (2017), a capital de Sergipe apresentou uma soroprevalência de 12,69%. O estado do Maranhão apresentou uma taxa de prevalência de 24,96% (SALES et al, 2017).…”

“…Em relação ao gênero, alguns autores relatam que a prevalência em machos é maior do que em fêmeas (CAMPOS et al, 2017;RODRIGUES et al, 2017). Esta prevalência pode estar associada ao temperamento mais agressivo, maior domínio territorial e maior porte em comparação às fêmeas, além de serem mais frequentemente utilizados como animais de guarda, permanecendo mais tempo no exterior dos domicílios (CIARAMELLA;CORONA, 2003;SALES et al, 2017).…”