As tecnologias móveis digitais da informação e comunicação presentes na formação inicial docente em ciências biológicas

Abstract

Resumo: O artigo teve como objetivo central compreender a percepção dos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, nas modalidades presencial e à distância, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), sobre a utilização das Tecnologias Móveis Digitais da Informação e Comunicação (TMDIC) enquanto conhecimentos tecnológicos e pedagógicos desenvolvidos em seu processo de formação inicial. Para alcançar esse objetivo, buscou-se também conhecer o perfil relacionado à cultura digital dos licenciandos e investigar como esse público se sente em relação ao letramento digital docente. Corresponde a uma pesquisa de natureza qualitativa e com viés exploratório, da qual participaram três pesquisadores no processo de validação de um questionário, e foi realizado um estudo de caso com 33 (trinta e três) acadêmicos, distribuídos em 11 (onze) na modalidade presencial e 22 (vinte e dois) na Educação a Distância (EaD), sendo a maioria do último período da graduação. Foi constatado que todos os participantes concordaram que as TMDIC contribuem para a aprendizagem dos educandos, desde que sejam utilizadas adequadamente dentro e fora da sala de aula. A maioria dos participantes afirmou possuir níveis satisfatório e avançado de conhecimentos e habilidades sobre a utilização dessas tecnologias em seu cotidiano, apontando, assim, uma interconexão desse público com o ciberespaço. No entanto, 27,3% dos participantes relataram ausência de abordagens tecnológicas durante sua formação devido a uma série de fatores, dentre eles a falta de interesse dos professores e tutores da universidade, bem como a desmotivação da turma e a carência de recursos didáticos e tecnológicos. Palavras-chave: Cultura digital. Formação docente. Letramento digital.

Reflexões acerca do uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação na formação inicial docente de uma turma de licenciatura em EaD

“…E no que se refere a faixa etária, a idade média desses participantes correspondeu a 36 anos, com predomínio de 27,2% para a faixa etária entre 29 e 30 anos, o que na visão de Palfrey e Gasser (2011) [29], caracteriza esses sujeitos, predominantemente, como imigrantes digitais. A distribuição dessa faixa etária está demonstrada na Figura 1, a seguir: Vale a pena lembrar que essas variações nas idades dos participantes, de 22 a 56 anos, evidenciam uma característica comum dos cursos na modalidade EaD no país, em que boa parte dos participantes é constituída por pessoas adultas, que por algum motivo não conseguiram prosseguir com os estudos enquanto mais jovens [14].…”

“…Nessa perspectiva, o ritmo acelerado em que as mudanças e inovações tecnológicas ocorrem tem despertado importantes impactos culturais, científicos e educacionais, as quais exigem novos modelos de análise e de adaptação a essa realidade nos diferentes contextos sociais, inclusive no âmbito escolar [10,13]. Por esse motivo, não podemos ignorar as possibilidades e os desafios do uso das tecnologias no processo de ensino e de aprendizagem, sobretudo das tecnologias móveis, que mesmo diante de suas potencialidades pedagógicas, se não forem devidamente pensadas e adequadas às diferentes realidades sociodemográficas e econômicas, podem ampliar ainda mais o risco de desigualdades de acesso à educação em diversas regiões do país [14].…”

“…Para que as TDIC proporcionem uma construção de saberes por meio de descobertas, aprimoramento e motivação no âmbito educacional faz-se necessário, dentre outros fatores, pensar e agir em rede, para que o professor reconheça a importância desses instrumentos e os incorporem em suas práticas didático-pedagógicas, propagando assim, a cultura digital. Dessa forma, é necessário também rever e refletir sobre as concepções de sociedade, de escola e de sujeito, suas relações com o currículo, aprendizagem e o perfil do professor e do aluno para que a apropriação e efetivação das TDIC aconteçam nas práticas de ensino [14,19].…”

Interactive interfaces applied to education: (re)creating a virtual learning scenario

“…The theoretical contribution of this work has been constructed from the perspective of Virtual Learning Scenarios in the studies of Dias (2012), Matos (2014), Barros, Romero and Moreira (2014), Perdigão and Santos (2018), Barros (2018), Piedade, Pedro and Matos (2018), Santos, Ferrete and Alves (2020), , Santos (2021), Santos, Ferrete and Alves (2021), who understand the virtual and the elements contained in it as potential resources of the learning, as long as there is pedagogical guidance for its integration in the teaching and learning process, as well as highlighting the concept and the theme of the scenarios as we are going to see throughout Through this study, we aim to contribute to the propagation of the concept of Virtual Learning Scenarios in the area of education. For this reason, we also present a scenario proposal that can be adapted to different teaching contexts, through the interfaces and digital resources that teachers and students have access to.…”