As Psicoses No Seminário 3 De Lacan: A Clínica Orientada Pelo Significante

Abstract

Ao meu orientador, Professor Marcus André Vieira, pelo comprometimento e ética que foram uma fonte de inspiração para a realização deste trabalho.À CAPES e à PUC-Rio, pelos auxílios concedidos, que viabilizaram este trabalho. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001. Aos professores, alunos e pacientes do PROJAD, da Residência Multiprofissional (IPUB/URFJ) e da Casa Verde. Espaços fundamentais para a minha formação. Aos meus pais, Andrea e Paulo Roberto, pelo incentivo, cuidado e exemplo que oferecem diariamente. À minha avó, Maria Christina, pela sua dedicação e carinho. À Patrícia Silveira, pelo apoio e compreensão incondicional. Aos meus colegas da PUC-Rio. Aos professores que participaram da Comissão Examinadora.A todos os professores e funcionários do Departamento pela ajuda e paciência.A todos os amigos e familiares que me ajudaram e me estimularam durante esse percurso.

Geografia da escuta

“…Isto nos aproxima da perspectiva lacaniana de significante. Para Jacques Lacan, o Inconsciente "fala no sujeito, além do sujeito, e mesmo quando o sujeito não o sabe, e diz sobre isso mais do que crê" (Lacan, 1988(Lacan, [1955(Lacan, -1956, p. 54). Existe algo que fala em nós, que nos escapa e que se manifesta.…”

“…A significação é o discurso humano na medida em que ele remete sempre a uma outra significação. (Lacan, 1988(Lacan, [1955(Lacan, -1956, p. 142) Se a ênfase está na trama tecida na linguagem, é possível ser atravessada por uma palavra, nela entrar e torcê-la? É possível que a própria palavra abra caminho e se faça caminho?…”

A escrita e a leitura infantil: efeitos do outro/Outro na travessia da criança pela aquisição da linguagem escrita

“…Nesse ponto, é importante esclarecer que o "outro" (grafado com "o" minúsculo), na psicanálise lacaniana, refere-se ao outro semelhante, isto é, ao outro imaginário, que ajuda a criança a constituir seu "eu" "através dos mecanismos de identificação" (CHEMAMA, 1995, p. 156) com a imagem. Para Lacan (1988), é a alteridade em espelho. O Outro (grafado com "O" maiúsculo) indica uma alteridade radical e opõe-se à dimensão do outro (identificação imaginária).…”

“…O Outro (grafado com "O" maiúsculo) indica uma alteridade radical e opõe-se à dimensão do outro (identificação imaginária). Lacan (1988) define o Outro como "aquele ao qual nós nos dirigimos para além desse semelhante, aquele que somos forçados a admitir para além da relação da miragem [...], do qual sempre nos endereçamos" (LACAN, 1988, p. 286-287) e que corresponde, conforme esse autor (2008, p. 200), ao "lugar em 19, n. 2, p. 218-239, 2022 que se situa a cadeia do significante que comanda tudo que vai poder presentificar-se do sujeito". Logo, esse lugar não pode ser outro senão a linguagem, pois o sujeito nasce no que surge o significante e, de acordo com a psicanálise lacaniana, por nascer com o significante, o sujeito nasce dividido pelo efeito de linguagem e, portanto, submetido a esse campo.…”