Objetivo: Discorrer sobre doenças hipertensivas na gestação e discutir os seus fatores de risco, diagnóstico e prevenção. Revisão bibliográfica: A morte materna caracteriza-se pelo óbito por complicações geradas ou agravadas pela gravidez durante a gestação, parto e puerpério. Dentre as causas destas complicações, a hipertensão gestacional está entre as principais, mesmo sendo potencialmente evitável. Estudos apontam uma associação significativa de baixo nível socioeconômico, idade materna, idade gestacional precoce e doenças crônicas prévias com desfechos maternos desfavoráveis. Apesar de não existirem medidas protetoras bem delimitadas, pesquisas apontam que a prevenção pode ser proporcionada pelo uso de aspirina, pela suplementação de cálcio e pelo acompanhamento contínuo da gestação. Quando não evitadas, as desordens hipertensivas demandam um diagnóstico precoce, o qual pode ser feito por meio de exames específicos, como a dosagem de metaloprotease ADAM12-S, e permite que intervenções obstétricas sejam tomadas para evitar desfechos maternos desfavoráveis. Idealmente, essas intervenções devem ser tomadas no cenário de um sistema de saúde capacitado, o que muitas vezes não é garantido. Considerações finais: Foi constatado que existem múltiplos indicadores para estabelecer fatores de risco, diagnóstico precoce e prevenção. Entretanto, mais estudos devem ser encorajados visando a criação de protocolos consolidados no manejo de grávidas hipertensas.