Abstract:Os agrotóxicos ou agroquímicos são grupos de substâncias que agem no meio ambiente agrícola, a fim de controlar distintos elementos que prejudiquem o cultivo das plantações. O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, o que preocupa os distintos setores de vigilância em saúde. O presente trabalho tem como objetivo geral identificar e conhecer as consequências fisiopatológicas da exposição humana a resíduos agrotóxicos. Quanto a metodologia trata-se de uma revisão sistemática simples, que fo… Show more
“…Faz-se necessário a realização de investimentos nas políticas públicas endereçadas aos trabalhadores que lidam com agrotóxicos e não possuem um conhecimento mais aprofundados na biossegurança (Barbosa, 2020).…”
Dentre as atividades desenvolvidas pelos humanos, a prática da agricultura ocorre a mais de 10 mil anos, e é uma das mais antigas que se tem conhecimento. As inovações tecnológicas nessa área proporcionaram grandes mudanças, e a implantação de novas técnicas de cultivo, como o uso intensivo de agrotóxicos. O uso dos agrotóxicos está cada vez mais presente no cotidiano dos agricultores, o que acaba por desencadear uma situação de dependência, em decorrência da necessidade do controle de pragas nas lavouras. Diante do exposto o objetivo do trabalho foi identificar o nível de conhecimento de agricultores do Distrito de Cuncas, Barro – CE sobre os riscos do uso de agrotóxicos. A coleta de dados envolveu aplicação de questionários estruturados, entre janeiro e fevereiro de 2019. Os resultados demonstraram qua há o uso indiscriminado de agrotóxicos por grande parte dos entrevistados. Observou-se que a grande maioria dos agricultores não sabem identificar a classificação toxicológica dos agrotóxicos. Altas dosagens de agrotóxicos são utilizadas pelos agricultores. As embalagens vazias, são em geral descartadas de forma incorreta no ambiente ou queimadas a céu aberto. Apenas 10% dos agricultores informaram tomar os devidos cuidados para a devolução das embalagens. Agricultores apresentaram sintomas de intoxicação, tais como dor de cabeça, tontura e náusea. Conclui-se que os agricultores possuem, em geral, uma baixa percepção de risco quanto aos efeitos deletérios do uso de agrotóxicos, fazendo-se necessário a adoção de medidas que proporcionem acompanhamento técnico e minimizem os impactos provocados a integridade humana e ambiental.
“…Faz-se necessário a realização de investimentos nas políticas públicas endereçadas aos trabalhadores que lidam com agrotóxicos e não possuem um conhecimento mais aprofundados na biossegurança (Barbosa, 2020).…”
Dentre as atividades desenvolvidas pelos humanos, a prática da agricultura ocorre a mais de 10 mil anos, e é uma das mais antigas que se tem conhecimento. As inovações tecnológicas nessa área proporcionaram grandes mudanças, e a implantação de novas técnicas de cultivo, como o uso intensivo de agrotóxicos. O uso dos agrotóxicos está cada vez mais presente no cotidiano dos agricultores, o que acaba por desencadear uma situação de dependência, em decorrência da necessidade do controle de pragas nas lavouras. Diante do exposto o objetivo do trabalho foi identificar o nível de conhecimento de agricultores do Distrito de Cuncas, Barro – CE sobre os riscos do uso de agrotóxicos. A coleta de dados envolveu aplicação de questionários estruturados, entre janeiro e fevereiro de 2019. Os resultados demonstraram qua há o uso indiscriminado de agrotóxicos por grande parte dos entrevistados. Observou-se que a grande maioria dos agricultores não sabem identificar a classificação toxicológica dos agrotóxicos. Altas dosagens de agrotóxicos são utilizadas pelos agricultores. As embalagens vazias, são em geral descartadas de forma incorreta no ambiente ou queimadas a céu aberto. Apenas 10% dos agricultores informaram tomar os devidos cuidados para a devolução das embalagens. Agricultores apresentaram sintomas de intoxicação, tais como dor de cabeça, tontura e náusea. Conclui-se que os agricultores possuem, em geral, uma baixa percepção de risco quanto aos efeitos deletérios do uso de agrotóxicos, fazendo-se necessário a adoção de medidas que proporcionem acompanhamento técnico e minimizem os impactos provocados a integridade humana e ambiental.
“…Todavia, pelo Google Scholar, obtiveram-se 7280 trabalhos. Considerando estes resultados e restringindo a busca conforme os critérios adotados na metodologia, foram selecionados mais 16 artigos para a discussão (Amaro et al, 2021;Barbosa et al, 2020;Begnini & Almeida, 2016;Haddad et al, 2020;Lara et al, 2019;Matias et al, 2019;Moraes, 2019;Pereira & Borges, 2020;Pignati et al, 2017;Queiroz et al, 2019a;Ramos et al, 2020;Ramos & Lobo, 2019;Soares et al, 2020;Souza et al, 2020;Stefano & Mendonça, 2016;Zanuto & Cabral, 2020). Pela busca nas referências dos artigos selecionados foram adicionados mais dois artigos (Dutra & Souza, 2017;Toichuev et al, 2018).…”
Section: Os Ingredientes Ativos (Ia) Mais Vendidosunclassified
“…Pesquisas já mostraram o grande impacto que os agrotóxicos tem sobre a saúde humana (Barbosa et al, 2020;Ramos & Lobo, 2019;Souza et al, 2020;Zanuto & Cabral, 2020). Esse prejuízo pode vir desde o contato direto com os químicos, em sua maioria por trabalhadores rurais (França et al, 2020;Freitas & Garibotti, 2020;Nogueira et al, 2020;Petarli et al, 2019;Ristow et al, 2020), como nos indivíduos consumidores dos alimentos em geral, visto que terão contato íntimo com os pesticidas por meio do sustento consumido (Queiroz et al, 2019b;Soares et al, 2019).…”
Section: Principais Implicações Negativas Dos Agrotóxicos à Saúde Humanaunclassified
“…Apesar do uso indiscriminado destes insumos agrícolas, a fome persiste no Brasil, potencializada por outros fatores que corroboram para o problema. O meio ambiente e a saúde humana sofrem com os resultados da ampla utilização destes químicos, que em sua maioria apresentam propriedades tóxicas, podendo causar perda de biodiversidade, contaminação do solo, do ar e dos recursos hídricos, danificando a fauna e a flora, produzindo efeitos nocivos à saúde e agindo na contramão da sustentabilidade (Barbosa et al, 2020;Ramos & Lobo, 2019;Souza et al, 2020).…”
Section: Introductionunclassified
“…Desta forma, sabe-se que estes produtos podem atingir águas superficiais e subterrâneas, passar por certos tratamentos de água sem serem eliminados e chegar até a população por esta e outras vias, como contato direto e dispersão pelo ar, gerando impactos severos na saúde e na qualidade de vida da população vulnerável. Esta situação demostra a urgência da implantação de medidas para a mineralização destes compostos, justificados pelos seus impactos à saúde humana e ao meio ambiente (Amaro et al, 2021;Barbosa et al, 2020;Ramos et al, 2020). O Brasil teve um aumento de área plantada de 27 milhões de ha em 2009 para 36 milhões de ha em 2017, aumentando a produção máxima em quase 28% em 8 anos, especialmente no centro-oeste, sul e sudeste.…”
A forma e exigências para a comercialização de agrotóxicos no Brasil, a liberação de novos produtos e os seus efeitos adversos à saúde a aos ecossistemas vêm sendo objeto de discussão de pesquisadores e também de polêmicas internacionais sobre a segurança alimentar no Brasil. Estes insumos, muitas vezes são persistentes e difíceis de serem degradados, podendo gerar inclusive, intermediários metabólitos mais tóxicos. Neste cenário, este trabalho teve como objetivo identificar quais os agrotóxicos mais vendidos no Brasil nos últimos 10 anos, tal como levantar aspectos associados a biodegradação destes compostos e os seus efeitos na saúde humana e no meio ambiente. Para isso, foram utilizados dados secundários provenientes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), além de revisão bibliográfica e método quali-quantitativo. Os resultados mostram que os agroquímicos que lideraram o ranking dos mais comercializados foram glifosato; 2,4D e atrazina. Verificou-se uma lacuna do conhecimento sobre processos de biodegradação destes produtos, embora existam trabalhos que mostrem a relevância do assunto para a mitigação de impactos na saúde humana e nos ecossistemas. A literatura consultada também revelou uma ampla gama de efeitos adversos na saúde humana decorrente da exposição a estes agroquímicos. Por fim, considerou-se urgente a mudança no padrão de consumo destes ingredientes ativos (i.a.) e a busca por alternativas menos impactantes visando o desenvolvimento sustentável.
Since 2008, Brazil has been leading the world ranking of the largest consumer of pesticides in the world. This increasing the risk of poisoning and environmental contamination. This paper's objective is to analyze the use of Personal Protective Equipment (PPE) and the manifestation of signs and symptoms of acute and chronic intoxication in agricultural workers in southern Brazil. This is a field research carried out through semi-structured interviews with 142 family farmers who produce garlic and grapes. The results show that only 17.60% of farmers use all eight recommended PPE. Most participants (90.84%) claim to wear boots, gloves (75.35%) and pants (73.94%). Regarding acute symptoms, 31.69% reported headaches after the pesticide application, 28.16% eye irritation, and 23.94% weakness/fatigue/tiredness. Of the total, 38.02% reported depression, and 35.91% had systemic arterial hypertension. The data set indicates that farmers are exposed to risks due to exposure to pesticides and the inappropriate use of PPE. It is noticed that a high number of workers presented acute symptoms after the use of pesticides. Therefore, it is necessary to raise awareness among farmers about the risks of human and environmental exposure to these products.
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