RESUMO: No Brasil, houve um aumento no recurso financeiro disponibilizado para programas e projetos de extensão, saindo de 6 milhões, em 2008, para 70 milhões de reais em 2011. Essa situação representa um marco na política de fomento a atividades extensionistas nas universidades públicas brasileiras. Diante destas considerações iniciais, observamos que o artigo em questão, resulta de uma pesquisa que teve como objetivo analisar a percepção de acadêmicos da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), acerca da extensão universitária. Os sujeitos foram 46 discentes com experiência em ações extensionistas vinculadas ao Núcleo Extensionista Rondon UDESC. A coleta de dados se deu por meio de questionário e foram analisados com base na análise de conteúdo de Laurence Bardin, revelando as categorias: Ação para comunidades carentes; Ação acadêmica para a comunidade; Ação de troca de saberes entre universidade e comunidade; Ação político-social. Esses dados permitem um avanço na percepção da extensão como ação político-social, em resposta às necessidades das demandas da comunidade (prioritariamente as mais carentes). Embora, num primeiro momento, a extensão tenha o intuito de levar informação para a comunidade, depara-se com um contexto social enriquecido de saberes, desvelando-se assim, como uma "via de mão dupla" para a sistematização desses saberes.