O propósito deste artigo é analisar o esporte como elemento de diplomacia pública nas relações internacionais, com ênfase no protagonismo global dos cidadãos. A produção científica sobre os reflexos diplomáticos da participação cidadã no contexto de eventos esportivos é bastante limitada. Por isso, faz-se necessário investigar como a espontaneidade e o engajamento direto de cidadãos com eventos esportivos possibilita-lhes o exercício da diplomacia pública. Para essa investigação, utiliza-se o método qualitativo, baseado na revisão bibliográfica e no estudo de caso da Maratona de Nova Iorque. Parte-se do pressuposto de que os cidadãos podem exercer diretamente a diplomacia pública à luz do caso em questão. O evento é uma das corridas de rua mais populares dos Estados Unidos e do mundo, com ampla participação de atletas nacionais e estrangeiros e com grande envolvimento de cidadãos novaiorquinos, tanto na organização quanto na interação com os participantes. Ao final, conclui-se que eventos esportivos possibilitam o exercício da diplomacia pública pelos cidadãos.