O presente artigo tem por objetivo analisar as insurreições e a regência de Carlos Alberto, ocorridas no Piemonte entre março e abril de 1821, bem como a sua representação no poema Marzo 1821 de Alessandro Manzoni. Esta análise terá como objetivo compreender como o escritor, considerado um dos maiores expoentes da literatura italiana, enxergou os movimentos e suas características e, depositou neles suas afeições tanto pessoais quanto patrióticas. Para conduzir este artigo, serão levados em consideração a literatura enquanto prática social (WILLIAMS, 1999), a ideia de providência divina (GHIRARDI, 2006; PARISI, 1999) e os novos paradigmas que o movimento romântico propôs para a literatura e a poesia (LESKI, 2017). Por meio da análise do poema, pode-se concluir que o escritor considerou os movimentos insurrecionais piemonteses como o primeiro passo para a realização do processo de unificação nacional.