As facetas da amputação: uma primeira aproximação

Abstract

RESUMO: Ao inserir-me no Projeto "0 tema da morte como via de acesso a Iniciayao Cientifica", passei a conhecer 0 fe n6meno da morte em suas diversas facetas 0 que, interligado as minhas vivencias pessoais e academicas, gerou uma inquietayao sobre a amputayao e seus significados para as pessoas que a vivenciam na medida em que e percebida como uma perda, de forma semelhante a morte. Busquei, entao, conhecimentos cientificos sobre este tema, sendo possivel conhecer a amputayao sob varios enfoques e, de fo rma particular, 0 enfoque filos6fico a luz do pensamento de Merleau Ponty, 0 que me possibilitou explicitar uma interrogayao para investigayao. Observei uma lacuna no que tange ao conhecimento produzido pelos enfermeiros, requerendo, assim, a realizayao de estudos que compreendam-na sob a 6tica da pessoa que a vivencia. Nesse sentido, a fenomenologia pode se constituir em um caminho em sua proposta de compreensao do fe n6meno. PALAVRAS-CHAVE: amputayao, fenomenologia, corpo a luz da filosofia ABSTRACT: When participating in the proj ect "The theme of the death as a way of access to the scientific initiation", I had the opportunity of approaching the phenomenon of death in its various facets. This contact provoked questionings regard ing amputation and how it was represented by those who experienced it, since it is considered a loss, similarly to death. Through scientific literature it was possible to understand the subject from different points of view, especially from the philosophical view of Merleau Ponty. It was observed that there was a lack of knowledge on the part of the nursing professionals. Thus, this study considers the perspective of those who experience amputation. In this sense, phenomenology may indicate a way of comprehending this phenomenon. KEYWORDS: amputation, phenomenology, human body accord ing to philosophy RESUMEN: AI inserirme en el Proyeto "EI tema de la muerte como via de acceso a la Iniciaci6n Cientifica", pase a conocer el fe n6meno de la muerte en sus diversas facetas, con ello e interligado a mis vivencias personales y academicas se gener6 una inquietud sobre la amputaci6n y sus significados para aquellos que la viven, en la medida en que la perciben como una perdida, semejante a la muerte. Busque, entonces, conocimentos cientificos sobre el tema y fue posible conocer la amputaci6n bajo varios enfoques, en particular, el enfoque filos6fico, a la luz del pensamiento de Merleau-Ponty, 10 que me permiti6 aclarar una interrogante para la investigaci6n. Observe la existencia de una laguna respecto al conocimiento producido por los enfermeros, que requeria, asi, la realizaci6n de estudios que la comprendan bajo la 6ptica de quienes la experimentan. En ese sentido, la fenomenologia puede constituirse un camino en la propuesta de comprender el fe n6meno. PA LABRAS CLAVE: amputaci6n, fe nomenologia, cuerpo en la perspectiva filos6fica

Buscando mobilizar-se para a vida apesar da dor ou da amputação

“…Esta compreensão, fundamentada e derivada da perspectiva interacionista, acrescenta evidências aos estudos descritos na contextualização deste artigo que permite abranger as formas do paciente lidar com a DAOC, representadas aqui, pelas inúmeras estratégias de enfrentamento desta doença, ou seja, mostram como os pacientes identificam e como interpretam suas experiências e quais as alternativas que podem escolher para agir na situação (5)(6)(7)(8)(9) . Em relação a um estudo desenvolvido nos Estados Unidos utilizando a mesma metodologia desta pesquisa, os resultados revelaram que os pacientes com DAOC têm a qualidade de vida comprometida em relação a sete temas: demora no estabelecimento do diagnóstico e frustração com a evolução da doença, dor, limitação física, limitação no papel social, compromisso com o self, incerteza e medo, adaptação aos efeitos da doença (14) .…”

“…Recentemente, estudiosas dos temas "perda" e "morte e morrer", afirmaram, com base nos resultados de um levantamento bibliográfico nacional, que apesar da alta incidência de indivíduos diabéticos amputados, poucos são os trabalhos produzidos por enfermeiros, principalmente em nosso meio, que abordam esta temática a partir da ótica da pessoa que o vivencia (9) . Dentre os poucos estudos nacionais desenvolvidos nesta perspectiva, destacamos os resultados de uma pesquisa de natureza qualitativo-descritivo, que aponta a descrença, o inconformismo, a culpa, o isolamento e a vontade de morrer como sendo os sentimentos que permeiam o cotidiano de diabéticos amputados, acrescentando que estes estão intercalados com os sentimentos de aceitação da perda (5) .…”

[Id 37676] Enfrentamento E Adaptação De Pacientes Na Amputação Por Trauma Ou Doença

“…O paciente que amputou a perna sentirá a perna fantasma como um membro real e permanecerá aberto as ações das quais ela é capaz de fazer, podendo cair ao tentar caminhar 9 . Mesmo quando o membro foi retirado, o cérebro emite sensações 2. Para alguns pacientes o membro amputado se apresenta como deformado, contorcido ou desproporcional.…”

Inclusão social no mercado de trabalho de pacientes amputados em processo de reabilitação

“…O conceito referente à amputação diz respeito ao processo pelo qual se separa do corpo, mediante algum procedimento cirúrgico ou decorrente de algum trauma, um membro ou parte deste. Seu conceito atual é de cirurgia reconstrutiva e não de simples remoção, e deve ser o primeiro passo para o retorno do paciente ao seu lugar na sociedade, no âmbito familiar ou acadêmico, sempre tendo em vista a sua reinserção laboral, seja na função antes exercida ou em uma nova função condizente com suas limitações ou Simpósio Internacional sobre Interdisciplinaridade no Ensino, na Pesquisa e na Extensão -Região Sul dificuldades (CHINI;BOEMER, 2007).…”

“…Muitas vezes essa nova realidade gera dúvidas, angústia e medo onde, pode ocorrer a instalação de um quadro de dependência ou de incapacidade. O amputado passa a preocupar-se com a dependência, tendoa como um futuro associado ao sofrimento, ficando evidente a importância do desenvolvimento harmônico do processo de reabilitação, pois reabilitar um paciente não é somente devolvê-lo à sociedade como uma pessoa independente e produtiva, é equilibrar suas necessidades físicas, sociais e morais, apesar da ausência de uma parte de seu corpo (CHINI;BOEMER, 2007).…”