As dificuldades do parto domiciliar planejado no Brasil: Uma revisão sistemática

Abstract

Objetivo: descrever as dificuldades do parto domiciliar planejado no Brasil evidenciados na produção científica da enfermagem. Metodologia: Revisão sistemática utilizando os descritores Parto Domiciliar; Enfermagem Obstétrica e Cuidados de Enfermagem. O levantamento dos artigos foi feito em três bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCiELO), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), orientado pela questão norteadora: Quais são as dificuldades do parto domiciliar planejado no Brasil? Foram incluídos os estudos publicados a partir do ano de 2010 até março de 2021. Resultados: No total, 22 artigos foram submetidos à análise da revisão e todos foram subdivididos em três categorias: o paradigma vigente, a ausência de política pública que respalde o parto domiciliar planejado e a lacuna na produção e divulgação do conhecimento. Considerações Finais: Esta revisão aponta como dificuldades do parto domiciliar planejado no Brasil o paradigma vigente, que é tecnocrático, biomédico, intervencionista ou curativista; a ausência de política pública relacionada ao parto domiciliar planejado; e a lacuna na produção e na divulgação do conhecimento específico, com desdobramentos que alcançam a formação de especialistas.

Partos domiciliares planejados ocorridos em Joinville: perfil epidemiológico das mulheres e desfechos maternos e neonatais

“…No entanto, apesar dos movimentos nacionais e internacionais e das iniciativas do MSe da OMS, observa-se um predomínio de intervenções na atenção ao parto e nascimento com a ocorrência de violências nas maternidades hospitalares, descaracterização das mulheres, desconsideração da sua autonomia, com consequentes altas taxas de operações cesarianas e de morbimortalidade materna e perinatal (5) . Em vista disso e buscando uma assistência respeitosa e individualizada, muitas mulheres têm optado pelo PDP como alternativa e possibilidade de uma assistência que facilite seu protagonismo.…”

Planned home births in Joinville: epidemiological profile of women and maternal and neonatal outcomes

“…However, despite the national and international movements and the WHO MSe initiatives, there is a predominance of interventions in labor and birth care with the occurrence of violence in hospital maternity, mischaracterization of women, disregard of their autonomy, with consequent high rates of cesarean sections and maternal and perinatal morbidity and mortality (5) . In view of this and seeking respectful and individualized care, many women have opted for the PHB as an alternative and possibility of care that eases their leading role.…”