“…Percebemos, assim, que a alienação incrementada pelos meios de comunicação, que cria acontecimentos, era a antítese do que utilizava Joseph Beuys para promover sua arte antropológica, sua teoria de transformação para a sociedade -ao mesmo tempo que se utilizava dos jargões dos quais os meios de comunicação apresentavam sobre sua obra, como já apontamos em Vicini (2006), sobre as manchetes de jornais que anunciavam a arte desse artista, chamando a atenção para seu aspecto xamã e polêmico. Em nossas reflexões, acreditamos que ele soube utilizar a comunicação para apontar caminhos da arte e da sociedade, quando Beuys demonstra sempre o paradoxo entre ciência e arte, racional e intuitivo, ocidente e oriente, capitalismo e comunismo, envolvendo a fundamentação teórica entre filosofia, psicanálise e biologia, em Hegel, Goethe, Freud, Lineu, Steiner, entre outros, realizando paralelos entre o mundo mítico primitivo, a sociedade capitalista e comunista, a subjetividade e o racionalismo da cientificidade.…”