Arranjos produtivos em dinâmicas de Desenvolvimento Regional: a cadeia da cajucultura no Território Açu-Mossoró (RN)

Abstract

O objetivo deste estudo é analisar a Cadeia da Cajucultura no processo de desenvolvimento regional, a aglomeração produtiva no sentido de Arranjos Produtivos Locais e sua importância no processo de dinamização do território Açu-Mossoró no Rio Grande do Norte. O método utilizado na pesquisa foi o Estudo do Caso, visando alcançar todas as unidades familiares de beneficiamento da castanha do caju no ano de 2011. Foi feito o censo por meio de entrevistas a 230 produtores em quatro municípios do território: Açu, Serra do Mel, Mossoró e Porto do Mangue. Como resultado, foi possível verificar a frágil estruturação organizacional em todos os municípios do território, apesar do beneficiamento da castanha se apresentar uma atividade viável e importante para a dinâmica de desenvolvimento regional, visto que foi possível calcular uma receita de aproximadamente R$ 20 milhões no ano. Por fim, foi possível estruturar um retrato da atual situação da cadeia produtiva da cajucultura no território Açu-Mossoró, mesmo com seus gargalos de empobrecimento das relações de trabalho e influência do atravessador no acesso a mercados.

Aspectos nutricionais do caju e panorama econômico da Cajucultura

“…Essa retração no mercado exportador pode ser explicada por alguns fatores como doenças e pragas nas plantações, processamento inadequado para obtenção de amêndoas inteiras, ocasionando uma desvalorização. Nesse cenário social, ainda ocorrem conflitos na cadeia agroindustrial, relacionados às relações comerciais entre produtores, intermediários e processadores na divisão de margens de lucro (Albuquerque et al, 2011;Nunes et al,2018).…”

Mapeamento prospectivo científico e tecnológico da família Anacardiaceae R. Br.

“…A família tem grande importância econômica, devido muitas espécies fornecerem frutos comestíveis, madeiras úteis ou serem de usos ornamentais. Como exemplo, a semente do cajueiro (Anacardium occidentale L.) obtém-se a castanha-decaju, enquanto o pedicelo frutífero suculento (hipocarpo) é comercializado in natura (Araújo et al, 2018;Nunes et al, 2018). Apresenta também compostos fenólicos e propriedades medicinais .…”