Megabacteriose constitui designação genérica aplicada a uma importante doença infecciosa aviária, inicialmente diagnosticada em periquitos, canários e avestruzes, mas que nos últimos anos tem sido observada em outras espécies, como mamíferos. Apesar dos esforços da ciência, a classificação taxonômica do microrganismo causador da desordem ainda não está bem estabelecida. A existência de indivíduos assintomáticos sugere que os reservatórios naturais desempenham um importante papel na disseminação da infecção e contribui para a controvérsia a respeito do papel do microrganismo como um patógeno primário. Inúmeras técnicas têm sido experimentalmente testadas no sentido de produzir maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico da doença. Embora a proventriculite não seja exclusivamente causada por Macrorhabdus ornithogaster, ela costuma ser o sinal clínico mais comumente associado à megabacteriose. Aparentemente, os macrolídeos poliênicos tem sido empregados com sucesso no tratamento da doença. Contudo, novos estudos devem ser estimulados para que esses aspectos sejam devidamente esclarecidos promovendo, assim, consenso entre clínicos e laboratórios.