A evolução dos materiais, técnicas e fármacos culminou com a descoberta e uso da toxina botulínica Tipo A na Medicina e na Odontologia. Longe do escopo e da discussão sobre seu uso cosmético ou funcional, a toxina pode ser empregada em múltiplas terapias no terço inferior da face. A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática sobre artigos científicos em revistas e periódicos indexados e de fácil aquisição nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Lilacs, BBO, SciELO e Google Acadêmico nos últimos 10 anos, acrescidos de referências clássicas e estudos considerados relevantes para essa publicação. A toxina botulínica é considerada um procedimento minimamente invasivo clássico, pois não é agressiva e nem penetra o organismo de forma extensiva, com ato operatório que não exige uma hora clínica longa e permite o retorno do paciente às suas atividades laborais de maneira bastante precoce. Empregada na Odontologia: na sialorreia, nas assimetrias faciais com origem muscular, nas disfunções e nos problemas da articulação temporomandibular, no bruxismo, no controle do sorriso gengival, na distonia orofacial, no controle da força muscular após aposição de fixações em Implantodontia, entre outros. Foi possível concluir que a toxina botulínica é uma alternativa promissora dentro do arsenal terapêutico do cirurgião-dentista devido ao seu múltiplo emprego, com possibilidade de correções e reversibilidade superiores quando comparada a técnicas cirúrgicas, por exemplo, com menor índice de morbidade, maior conforto e resultado imediato para o paciente.