Abstract:As estatísticas, como forma de tradução de fenômenos que o homem deseja conhecer, e os anuários, enquanto instrumentos para sua disseminação, são hoje de utilização corriqueira, sendo que muitos desconhecem o longo caminho percorrido para que se chegasse até eles. Este artigo discute a relação entre estatística, informação e conhecimento e apresenta um breve histórico da produção das estatísticas e dos anuários, em particular, do Anuário Estatístico do Estado de São Paulo, desde sua criação, passando pelas tra… Show more
“…Apesar da riqueza de informações, os anuários tiveram publicações inconstantes nos anos iniciais e a disponibilidade de informações varia significativamente entre os anos e determinadas informações não são comparáveis entre diferentes anos. Para uma discussão detalhada da disponibilidade de informações nos AEBs ver Souto (2012), Guizzardi Filho et al (2003 Devido às interrupções na série, utilizamos métodos de interpolação linear para preencher lacunas, que serão explicados na próxima seção.…”
Resumo Este artigo descreve a trajetória do nível e da desigualdade educacional no Brasil desde a primeira metade do século XX. Combinamos diversas fontes de dados históricos, tais como os relatórios do Ministério de Negócios do Império, os Anuários Estatísticos do Brasil e os Censos Demográficos para construir novas medidas de escolaridade e calcular índices de Gini educacional entre 1900 e 2000 para cada região e para o Brasil como um todo. Nossos resultados mostram que entre 1900 e 1930, a proporção de pessoas com ensino primário completo na população permaneceu em torno de 5%, ao passo que a parcela com ensino secundário completo esteve sempre abaixo de 1% e que somente 0,3% tinham ensino superior completo. Assim, a desigualdade educacional permaneceu constante até 1920, declinou lentamente entre 1920 e 1950 e mais rapidamente somente a partir de então.
“…Apesar da riqueza de informações, os anuários tiveram publicações inconstantes nos anos iniciais e a disponibilidade de informações varia significativamente entre os anos e determinadas informações não são comparáveis entre diferentes anos. Para uma discussão detalhada da disponibilidade de informações nos AEBs ver Souto (2012), Guizzardi Filho et al (2003 Devido às interrupções na série, utilizamos métodos de interpolação linear para preencher lacunas, que serão explicados na próxima seção.…”
Resumo Este artigo descreve a trajetória do nível e da desigualdade educacional no Brasil desde a primeira metade do século XX. Combinamos diversas fontes de dados históricos, tais como os relatórios do Ministério de Negócios do Império, os Anuários Estatísticos do Brasil e os Censos Demográficos para construir novas medidas de escolaridade e calcular índices de Gini educacional entre 1900 e 2000 para cada região e para o Brasil como um todo. Nossos resultados mostram que entre 1900 e 1930, a proporção de pessoas com ensino primário completo na população permaneceu em torno de 5%, ao passo que a parcela com ensino secundário completo esteve sempre abaixo de 1% e que somente 0,3% tinham ensino superior completo. Assim, a desigualdade educacional permaneceu constante até 1920, declinou lentamente entre 1920 e 1950 e mais rapidamente somente a partir de então.
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