ANTi-History e a Pesquisa em Administração: reflexões iniciais

Abstract

O presente trabalho busca iniciar uma reflexão sobre a teórico-metodologia ANTi-History enquanto método histórico para pesquisas na área de Administração. Esta abordagem apresenta argumentos para romper com conceitos estáticos de passado e história, conferindo um caráter mais fluido, mutável e relacional à produção de conhecimento sobre fenômenos ocorridos em tempos anteriores ao presente. Ao considerar que não existe uma única e verdadeira narrativa e que, portanto, a História é múltipla, a ANTi-History se propõe a contar uma das versões possíveis a partir das associações e movimentações realizadas pelos atores identificados no quadro de análise do fenômeno (DUREPOS, 2009; DUREPOS e MILLS, 2017). O artigo também apresenta os principais fundamentos e princípios da Teoria Ator-Rede, um dos aportes adotados para a elaboração da ANTi-History, de modo a contribuir para uma melhor compreensão de seu potencial ontológico, epistemológico e metodológico em Estudos Organizacionais. A partir da premissa de que todo conhecimento sobre o passado é coletivo, parcial e distribuído através de uma rede de conexões de elementos heterogêneos (DUREPOS, 2009), a construção do conhecimento per se ocorre através de movimentações sócio-políticos de negociação, atração de interesses e translação de atores-rede. Portanto, pode-se argumentar que o conhecimento é sempre parcial, situado e posicionado, sendo influenciado pelas circunstâncias e contexto em que é constituído. Embora considerada um aporte interessante e com potencial de contribuição para as pesquisas na área, há poucos trabalhos teóricos ou empíricos desenvolvidos com base na ANTi-History, o que indica um espaço ainda pouco explorado com oportunidades para estudos futuros na academia brasileira.

Etnografando Arquivos Históricos: Caminhos Possíveis para Pesquisas em Estudos Organizacionais

“…Furthermore, other works draw on the historical perspective to discuss and to remount several events and practices in the context of the history of educational institutions (Alcadipani & Bertero, 2014;Barros, 2014Barros, , 2017Barros, Alcadipani, & Bertero, 2018;Fernandes, Bezerra, & Ipiranga, 2015); the potential of history for professional career analysis (Closs & Rocha-de-Olivera, 2015); the relationship of companies with the issue of the Brazilian dictatorship in memory spaces creations (Costa, Silva, & Monteiro, 2016;Trindade & Costa, 2017); museums (Costa, Mancebo, & Pessoa, 2016) and the intersection with human rights (Costa & Silva, 2018); how memory and history are appropriated by advertising discourse (Costa & Pessoa, 2016); the discussion on the ANTi-History approach (Ipiranga, Chaym, & Sousa, 2016a, 2016bQuelha-de-Sá & Costa, 2018); the role of history in the construction of organizational memory (Perdigão, Barros, Carrieri, & Miranda, 2015), and in presenting the association with the construction of practices in organizing the city (Lopes & Ipiranga, 2017).…”

Ethnographing Historical Archives: Possible Ways to Research in Organization Studies

“…Furthermore, other works draw on the historical perspective to discuss and to remount several events and practices in the context of the history of educational institutions (Alcadipani & Bertero, 2014;Barros, 2014Barros, , 2017Barros, Alcadipani, & Bertero, 2018;Fernandes, Bezerra, & Ipiranga, 2015); the potential of history for professional career analysis (Closs & Rocha-de-Olivera, 2015); the relationship of companies with the issue of the Brazilian dictatorship in memory spaces creations (Costa, Silva, & Monteiro, 2016;Trindade & Costa, 2017); museums (Costa, Mancebo, & Pessoa, 2016) and the intersection with human rights (Costa & Silva, 2018); how memory and history are appropriated by advertising discourse (Costa & Pessoa, 2016); the discussion on the ANTi-History approach (Ipiranga, Chaym, & Sousa, 2016a, 2016bQuelha-de-Sá & Costa, 2018); the role of history in the construction of organizational memory (Perdigão, Barros, Carrieri, & Miranda, 2015), and in presenting the association with the construction of practices in organizing the city (Lopes & Ipiranga, 2017).…”