Com o objetivo geral de analisar as relações entre o temperamento, as estratégias de coping e de regulação emocional com os problemas emocionais e comportamentais, foi estudada uma amostra de 230 jovens, 118 do sexo masculino e 112 do sexo feminino, com uma média de idades igual a 11 anos (DP =0.812), que frequentavam o 5º e o 6º anos de escolaridade. Os resultados obtidos demonstraram a existência de diferenças de sexo na dimensão do temperamento relativa à afiliação, na frequência e eficácia das estratégias ativas e de acting-out e nos problemas de comportamento e comportamento prosocial. O controlo com esforço, a afetividade negativa e a regulação emocional negativa mostraram ser fatores preditores comuns aos diferentes tipos de dificuldades. Os resultados obtidos estiveram, no geral, de acordo com o esperado e foram discutidos, com base na literatura e nos modelos explicativos neste âmbito e tendo em consideração as suas implicações para a avaliação, prevenção e intervenção nos problemas emocionais e comportamentais na infância e adolescência.