A relação organização-trabalhadores tem revelado características bastantes mutáveis no que se refere a seus processos de gestão na dimensão social, econômica e humana no mundo laboral e sua dinâmica organização-trabalho-indivíduo-produtividade. Assim, tais questões têm impulsionado tanto o ambiente de trabalho quanto a política de trabalho, tornando importante observar e avaliar a adoção de novas normas e comportamentos no espaço laboral. É nesse sentido que no presente estudo procurou-se verificar a influência da anomia social sobre a anomia organizacional. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, do tipo correlacional, com 282 funcionários a maioria de empresa privada da cidade do Rio de Janeiro-RJ, de 18 a 68 anos, a maioria eram mulheres, bem como, o curso superior apresentou maior percentual, a maiores eram solteiros e não tinha filhos. Responderam a escala de anomia social de Srole, a escala de anomia organizacional e um questionário onde eram solicitados dados sociodemográficos. A análise fatorial confirmatória revelou que os instrumentos foram confiáveis e fidedignos. Observou-se uma influência positiva da anomia social sobre a anomia organizacional e na Anova, quanto maior foi a anomia social, maior o escore na anomia organizacional. Conclui-se que os processos organizacionais não existem de forma isolada em uma organização. Tal entendimento oferece uma nova ótica para a investigação e intervenção no contexto organizacional, salientando a cultura da organização quanto importante fenômeno a ser avaliado no comportamento humano nas organizações.