Anomalias Congénitas Identificadas ao Nascimento em Recém-Nascidos de Mulheres Adolescentes

Abstract

Acta Med Port 2015 Nov-Dec;28(6):708-714 RESUMOIntrodução: Analisar a prevalência das anomalias congénitas, detetadas no nascimento, entre filhos de gestantes adolescentes, enfatizando os tipos mais comuns e a época do diagnóstico. Material e Métodos: Estudo retrospetivo do tipo censo, no qual foram analisados todos recém-nascidos, vivos ou mortos, com peso superior a 500 g, de mulheres que tiveram o parto no Hospital São Paulo num período de seis anos. Os produtos da conceção portadores de anomalias foram identificados no período pré-natal ou através do exame físico pós-natal, segundo os critérios do Estudo Colaborativo Latino-Americano das Malformações Congênitas. Os resultados são apresentados de forma descritiva através de valores absolutos e relativos, calcula-se a prevalência das anomalias e comparam-se os diferentes grupos recorrendo a testes não paramé-tricos.Resultados: Foram analisadas 6 257 gestações, das quais 577 resultaram em recém-nascidos com alguma anomalia congénita identificada no nascimento (prevalência de 9,2%). Do total de gestações, 907 eram de adolescentes (idade inferior a 20 anos), para as quais se verificou uma prevalência de anomalias nos recém-nascidos de 9,9%. Comparando os recém-nascidos de adolescentes com os das mulheres com idade superior a 20 anos, apenas se encontrou diferença estatisticamente significativa para a prevalência dos defeitos do tubo neural (p = 0,027). Discussão: Observamos uma alta taxa de partos em adolescentes, acima das taxas dos países desenvolvidos. Observamos também alta frequência de anomalias congénitas em recém-nascidos, provavelmente por sermos um serviço terciário de referência. A elevada prevalência dos defeitos do tubo neural entre grávidas jovens pode ser explicada pela não suplementação pré-concecional de ácido fólico em gravidezes não planeadas, como é característico nas adolescentes. Conclusão:A prevalência e momento do diagnóstico das anomalias congénitas em recém-nascidos apresentam comportamentos semelhantes entre grávidas com idade inferior ou superior a 20 anos, exceto para os defeitos do tubo neural, de maior prevalência nos recém-nascidos das grávidas adolescentes. Palavras-chave: Adolescente; Anomalias Congénitas; Gravidez. ABSTRACT Introduction:To analyze the prevalence of congenital anomalies detected at birth among children of pregnant adolescents, emphasizing the most common types and the time of diagnosis. Material and Methods: Retrospective study of type census, in which were analyzed in all newborns, living or dead, weighing more than 500 g of women who gave birth at Hospital São Paulo in a period of six years. The fetuses bearing anomalies were identified prenatally or through postnatal physical examination period, according to the criteria of the Latin American Collaborative Study of Congenital Malformations. The results were expressed descriptively using absolute and relative values, the prevalence of anomalies was calculated, as well as the comparison between groups using nonparametric tests. Results: We analyzed 6 257 pregnan...

Fatores sociodemográficos e condições de risco em gestantes de um ambulatório especializado do sul do Brasil

“…Nessa perspectiva, um estudo realizado com 174 prontuários com casos de malformação congênita identificou o predomínio de mães com 21 a 30 anos (44,8%), seguido de mães com 10 a 20 anos (43,1%) (REIS LLAS e FERRARI R, 2014). Em outro estudo, realizado em São Paulo, com 6257 gestações, das quais 577 (9,2%) resultaram em recém-nascidos com anomalia congênita, 14,5% tinham idade inferior a 20 anos, das quais 9,9% apresentaram anomalias que quando comparadas com mulheres com idade superior a 20 anos, apresentaram diferença estatística significativa apenas para defeitos do tubo neural (p=0,027) (REIS LV, et al, 2015). Vale salientar que a morbidade perinatal é cinco vezes maior para os fetos com RCIU.…”

Malformation and death X Alcoholism: perspective of Nursing the Theory of Transitions for alcoholic pregnant women

“…However, no one wants or expects a child with a malformation. As much as people show acceptance for what is different and society encourages people to adopt a culture of inclusion, the difficulties brought about by this type of condition are added to the covert prejudice that still does exist (21) . This situation may be aggravated when the malformation is apparent (such as a craniofacial malformation), that is, it is so evident that there is no doubt in accepting the limitation -even if temporary, since certain cases can be corrected or minimized with surgery.…”

Análise espacial e espaço-temporal das anomalias congênitas do sistema nervoso no Estado da Paraíba entre os anos de 2010 a 2016

“…The most frequent CM in Brazil is the malformation of nervous system 7,8 . In 2016, there were 4,820 cases this type, with the Northeast region ranking second in the number of occurrences, with only the Southeastern region in front of it 9 .…”