Abstract:Resumo Neste artigo, por meio das narrativas das experiências de trabalhadoras sexuais de três diferentes zonas de prostituição, localizadas no interior dos estados de São Paulo e do Espírito Santo, analisa-se as relações e saberes presentes nas políticas internas da prostituição. Objetivando contrapor-se às perspectivas que compreendem prostitutas como vítimas, passivas e incapazes de produzir saberes e práticas feministas em ambiente de trabalho, utilizou-se como método de pesquisa a política de narratividad… Show more
“…Pensando especificamente no contexto das putativistas, tomo suas narrativas como "um núcleo de produção de conhecimento informado a partir da percepção das próprias trabalhadoras sexuais que são, portanto, agentes produtoras de saber" (Clarindo, Zamboni, Martins, 2022). Essa escolha se pauta no fato de a maioria delas comporem associações ou organizações locais/estaduais, vinculadas ou não a redes nacionais de trabalhadoras sexuais organizadas.…”
Nesse artigo apresento reflexões oriundas de dados produzidos nas semanas iniciais de meu campo de doutorado, dedicado a pensar dinâmicas familiares entre trabalhadoras sexuais, com foco nas maternidades. Tais reflexões foram sistematizadas, num primeiro momento, para apresentação em um grupo de trabalho da XIV Reunião de Antropologia do Mercosul. O que proponho é pensar o provimento do sustento de filhas e filhos por meio do trabalho sexual como uma prática de cuidado efetiva: i) a qual confere sentido ao papel de mãe dessas mulheres; ii) que se distancia de outras formas de cuidar.
“…Pensando especificamente no contexto das putativistas, tomo suas narrativas como "um núcleo de produção de conhecimento informado a partir da percepção das próprias trabalhadoras sexuais que são, portanto, agentes produtoras de saber" (Clarindo, Zamboni, Martins, 2022). Essa escolha se pauta no fato de a maioria delas comporem associações ou organizações locais/estaduais, vinculadas ou não a redes nacionais de trabalhadoras sexuais organizadas.…”
Nesse artigo apresento reflexões oriundas de dados produzidos nas semanas iniciais de meu campo de doutorado, dedicado a pensar dinâmicas familiares entre trabalhadoras sexuais, com foco nas maternidades. Tais reflexões foram sistematizadas, num primeiro momento, para apresentação em um grupo de trabalho da XIV Reunião de Antropologia do Mercosul. O que proponho é pensar o provimento do sustento de filhas e filhos por meio do trabalho sexual como uma prática de cuidado efetiva: i) a qual confere sentido ao papel de mãe dessas mulheres; ii) que se distancia de outras formas de cuidar.
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